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Capítulo 24

     Capítulo 24: Conselho dos Deuses 

Thorfill voltou para onde Tilf estava dormindo, e acabou encontrando Feup entrando pela janela da câmara. O ruivo idiota tropeçou no beiril e foi de encontro com chão. Ao lado, Bellamy começou a gargalhar enquanto segurava Thor com firmeza. Feup se sentiu humilhado, ele parecia feliz a poucos minutos atrás e isso pareceu desaparecer ao cair. O brilho sumiu rapidamente de seus olhos. 

Ele levantou-se, batendo em suas roupas e disse: "Aske e Flony retornaram!" 

O semblante de Thorfill ganhou cor, "Tão rápido?" 

"Sim." Feup cruzou os braços ao dizer: "Vieram o caminho todo pelo mar, cortando caminho e, por conta do motor, chegaram rapidamente! Fifi está com eles, não se preocupe. Quando podemos partir?" 

Thorfill bufou com impaciência ainda, "Agora." 

Bellamy pulou da cama, carregou Thor com cuidado e disse com a voz embargada: "Vocês irão embora…" Ele fungou, "Finalmente! Eu não aguentava mais." 

Feup pegou Thor e a colocou com cuidado nas curvas de seu braço, dizendo brevemente: "Estou indo, adeus!" 

Ele foi rumo à janela e pulou. 

Thorfill e Bellamy ficaram em silêncio, "................." 

Eles dois resolveram ignorar esse pequeno detalhe. Thorfill despediu-se de Tilf; ela negou-se até mesmo a abrir os olhos para dizer adeus para ele. Não havia muito o que fazer no palácio agora, Thorfill realmente sabia a saída e saiu acompanhado de Bellamy. A cada dois passos, dez lágrimas escorriam dos olhos do pequeno girino loiro. 

"Eu nunca mais irei morder Leonard." Bellamy disse com a voz embargada, "Acabou eu jogando caranguejos dentro das botas do Aske, nunca mais irei enfiar água no seu vinho, não irei mais colocar agulhas no travesseiro do Flony. Minhas brincadeiras… acabaram." 

Thorfill fez uma careta, por isso o vinho dele estava fraco ultimamente! Ele deu um cascudo em Bellamy por isso, mas foi impedido de brigar com ele, pois uma mulher entrou em seu caminho. 

"Já está indo?" Demerí perguntou, "Mas eu ainda nem ao menos perguntei como foi o espetáculo. Eu só tive tempo de vim perguntar hoje, embora eu estivesse indo procurar Apolo por isso, não o encontrei."

As memórias invadiram a mente de Thorfill. Ele fez uma careta e perguntou: "Não encontrou o General Guts? Ele está no palácio." 

"Não está, já procurei por ele." Demerí disse ao cruzar os braços, "Mas irei deixar você partir agora. Sei que vocês amaram o espetáculo, afinal de contas, a história encenada foi escrita por mim e os dramaturgos foram escolhidos por mim também." 

Bellamy não queria escutar aquilo, ele saiu na frente e deixou Thorfill para trás. Ele encarou Demerí com confusão e não entendeu absolutamente nada. A mulher sorriu, deu um tapinha nos ombros dele e saiu andando tranquilamente. Thorfill apenas prestou atenção sobre a parte de Apolo não estar no palácio, talvez ele estivesse cuidando do assunto de fornecer IRIS para ele?  

No centro de Atenas, havia um grande navio cheio de vikings. Ao verem Thorfill, todos gritaram. 

A brisa chicoteou o rosto de Thorfill. Havia alguns Paladinos de Bronze ao redor do Navio Primordial, carregando barris de IRIS em suas costas. Eles olharam para Thorfill e permaneceram em silêncio, desta vez sem chamá-lo de selvagem e sem xingar o criador dele. O Marechal Hermes caminhou apressadamente na direção dele. 

"Vossa majestade mandou te dizer que você não deve se esquecer da dívida." O Marechal Hermes disse, "Ele não virá, leve apenas as minhas palavras com você." 

"Ele não virá?" Thorfill perguntou, não havia surpresa em sua expressão. Ele já imaginava isso. Seu semblante apenas carregava uma expressão melancólica, de decepção ou tristeza. Thorfill disse: "Eu não irei me esquecer de retribuir o favor dele, em um futuro próximo, devo vê-lo novamente." 

O Marechal Hermes balançou a cabeça e desviou o olhar. Levantou o seu queixo e olhou em direção ao Navio Primordial. Ele gritou: "Ei ruivinho, por sua causa eu ganhei trinta moedas de ouro! Obrigado." 

Feup estava no convés do navio, virou-se rapidamente ao escutar o Marechal Hermes falar. Ele escorou-se na parede do navio e gritou: "Enfia no seu rabo essas malditas moedas! Quem você acha que é para me usar desta forma?!" 

Os Paladinos de Bronze ao redor bufaram e começaram a entregar várias moedas para o Marechal Hermes novamente. 

Feup ficou furioso, quase escorregou do navio e apontou o dedo na direção do Marechal Hermes. Gritando: "Seu maldito vadio! Você fez isso de novo." 

O Marechal Hermes deu um sorriso sedutor para Feup, porém ele parou de irritá-lo quando viu um homem aparecer atrás de Feup e puxá-lo para trás. Feup praguejou: "Aske, me solta! Eu vou bater nele, bater muito nele. Até mesmo os netos dele vão nascer com as marcas dos meus socos!" 

Aske ainda puxava ele pela gola da blusa e disse sem paciência: "Fiquei quieto!" 

O Marechal Hermes virou-se para o lado, em busca de Thorfill, mas havia apenas Paladinos de Bronze à sua frente. Enquanto Bellamy se despedia de sua família, o ex-lendário Viking de Reiwa foi em direção à uma montanha. Subiu pacientemente e passou por vendedores de lubrificantes, os ignorando. Thorfill foi para o templo de Eros e Psiquê. 

Ao chegar lá, Apolo estava sentado em uma cadeira de vime, seu corpo estava ligeiramente para trás e suas costas estavam apoiadas no encosto. A árvore ao lado estava produzindo uma sombra refrescante. O sol quente banhava ali, projetando pequenos respingos de raios solares e sombra na pele branca de Apolo. Sua toga branca revelava bem a curva da sua clavícula delineada e pálida. 

Seus olhos estavam fechados, seus longos cílios produziam sobras em suas bochechas avermelhadas por conta do sol escaldante. Ele pressentiu alguém se aproximar com cautela, imaginando que fosse o seu mestre, ele disse com arrogância: "Eu não vou me despedir dele, pare de insistir. Eu já disse que estou me sentindo estranho." 

"O que você tem?" Thorfill perguntou rapidamente ao se aproximar. 

Os olhos de Apolo se abriram rapidamente, ele quase caiu da cadeira, mas rapidamente se recompôs. Encarou Thorfill com frieza e perguntou: "O que você ainda está fazendo aqui?" 

A luz refletiu nos olhos de Apolo, por um momento, aqueles olhos frios ficaram em um azul incrivelmente belo. Um azul mar adorável e absurdamente bonito. Thorfill aproximou-se ainda mais, dizendo com entorpecimento: "Eu… eu precisava lhe dizer algo." 

Apolo corrigiu sua postura desleixada, "É importante? Sente-se." 

Apolo encolheu as suas pernas um pouco e deu um espaço para Thorfill na cadeira, mas ele ficou estático. O semblante de Apolo fechou-se com impaciência, ele disse: "Apenas diga logo…" 

Thorfill acordou de seu estupor, sentou-se ao lado dele e disse: "Hum, sobre a dívida. Quando pretende me chamar?" 

Na verdade, Thorfill não sabia o que falar com Apolo, ele apenas queria falar com ele uma última vez. 

Apolo estranhou essa pergunta, mas respondeu languidamente: "Eu não sei, vai demorar. Por quê?" 

"Irei chamá-lo primeiro então." Thorfill virou-se para Apolo, olhou profundamente em seus olhos azuis ao dizer isso. 

Apolo sustentou o olhar e perguntou: "Quando?" 

Embora Apolo não tenha entendido as palavras de Thorfill, ele apenas perguntou 'quando?', sem pensar muito, depois ele pensou que a sua reação foi estranha. Depois ele disse: "Por que irá me chamar primeiro? Eu sou ocupado, e eu não devo nada para você também." 

Thorfill ignorou a pergunta recente e respondeu a primeira: "A cada nove anos, meu povo tem que ir ao Templo de Uppsala, oferecer sacrifícios aos deuses. Ano que vem…" 

"Tenho que ir levar Bellamy e Tilf." Apolo tirou uma conclusão precipitada e disse friamente: "Entendi, agora saía." 

Thorfill não queria falar aquilo, Tilf e Bellamy iriam arrumar outro jeito de ir. Thorfill precisava que Apolo fosse para a Suécia, em uma época de frio. Apolo arrastou suas pernas para onde elas estavam antes, ele empurrou Thorfill para cair da cadeira sem piedade alguma. Thorfill estava distraído, e ele caiu mesmo no chão. 

Apolo sentou-se rapidamente e perguntou: "Thorfill, você está bem?" 

"Hum." Thorfill murmurou brevemente ao se levantar, "Eu irei agora." 

Apolo o fitou seriamente, "Que seja." 

Thorfill virou-se, ao dar apenas sete passos, ele virou-se para Apolo novamente e perguntou: "Quando eu cheguei, você disse que não estava se sentindo bem. O que você está sentindo?" 

Apolo foi grosseiro ao dizer: "É melhor você ir embora logo, se não, eu mesmo irei te chutar daqui até o seu navio." 

Thorfill engoliu em seco e desceu rapidamente a montanha. Ao entrar no Navio Primordial, o corpo dele virou-se para poder encarar o templo de Eros e Psiquê à distância. Os vikings atrás de si fizeram um frenesi ao ver o seu líder, Thorfill virou-se para eles e deu um sorriso caloroso por ver tantos rostos conhecidos e agradáveis. Embora Bellamy e Tilf não estivessem mais ali, Aske e Flony haviam retornado. 

"Para onde?!" Thorkell perguntou. 

Os vikings esperaram ansiosamente pela resposta de Thorfill. 

Ela logo veio, ele disse: "Para a Índia."

No Conselho dos Deuses, Zeus aborreceu-se. Thorfill nem ao menos tinha explorado a Grécia direito! Quem aquele bastardo era para fazer pouco caso da área dele?! 

Ele olhou para Odin, dizendo: "Sua criação é imunda!" 

Odin enfureceu-se, levantou-se de seu trono e gritou: "A sua criação é imunda! Os seus filhos são imundos!" 

Pan Ku saiu de seu templo rapidamente ao escutar a briga na conferência. Ele carregou a sua inseparável cabra e disse já estando no conselho: "Não diga que a criação de Zeus é imunda, isso acaba incluindo o Apolito! Onde diabos meu lindo discípulo é imundo? E você Zeus! Não diga que a criação dele é imunda, você acaba incluindo aquele garoto nisso. Thorfill é um pouco gado e burro, mas não é imundo. Não diga isso novamente!" 

A aparência daquele deus fascinou todos os deuses. Ele tinha uma pele branca como jade, olhos puxados e brilhantes como o céu estrelado. Sua imortalidade era esplendorosa e jovial; bem diferente do sacerdote de antes. A cabra em seus braços saltou para o chão e foi na direção de um deus negro, ele tinha olhos dourados como ouro. A cabra mastigou a manga da roupa dele. 

Os deuses ficaram em silêncio. 

Pan Ku desesperou-se, "Cabritinha, você foi comer logo a roupa desse cara azeda?!" 

O deus de olhos dourados encarou a cabra friamente, como se quisesse matá-la. Ele disse para Pan Ku: "Controle o seu animal." 

"Controle a sua língua." Pan Ku disse com desgosto, "Deus da natureza idiota, quando vai aprender a respeitar os animais? Tupã, você deveria se preocupar com aquele viking chegando naquele lugar onde não há ignorância humana." 

Tupã afastou a cabra de perto dele e perguntou: "Você está vendo o futuro novamente? Nós já te proibimos de fazer isso!" 

Os deuses levantaram os seus braços, achando que era o momento de interferir naquela discussão. Menos Odin, Odin queria briga, sangue e morte; embora os deuses morressem apenas se o seu povo parasse de acreditar nele. 

Rá disse querendo causar intriga entre Pan Ku e Tupã: "Eu nunca proibi ninguém de fazer nada. As dicas de Pan Ku são valiosas, ele até mesmo pode ver o futuro dos deuses." 

"Semana passada, ele disse que Tupã iria ser fodido por trás." Danu, a Deusa Mãe sorriu. Ela ligeiramente ergueu o corpo sobre o seu trono e disse: "É por isso que o Tupã está bravinho." 

Zeus interveio, dizendo: "Pan Ku só estava brincando…" 

Tupã levantou-se rapidamente, com raiva dominado o seu semblante. Ele disse: "Cale a boca!" 

"Não, não." Rá levantou-se rapidamente também, "Quem estava fodendo Tupã por trás?" 

Pan Ku disse, se gabando e desfilando: "Eu." 

Os deuses presentes riram. Tupã ficou furioso, fez uma flecha de raio e disparou na direção de Pan Ku; que desviou rapidamente, agarrou a sua cabra e desapareceu do ambiente sagrado. Tupã invocou uma rajada de vento que o arrastou para uns de seus países favoritos. 

O sacerdote voltou para o seu templo, carregou a cabritinha nos braços e sentou-se ao lado de uma cadeira de vime. Ao lado, Apolo dormia profundamente. Porém, ele tinha traumas da guerra. Assim que o seu mestre apareceu, ele acordou e sentou-se com exaustão. A cabra tentou comer a sua toga, ele deu um tapa leve na cabeça dela e a restringiu com um olhar frio e mortal. 

"Não faça isso com ela." O sacerdote disse com uma voz de velho, "Por que você é tão azedo assim?" 

"Mestre." Apolo encarou o velho tão velho quanto uma múmia. Ele ignorou a crítica azeda e perguntou: "O oráculo está de férias?" 

"Tá de férias." O sacerdote disse acariciando levemente a cabeça da cabra, "O que você quer com ele? Perguntar algo?" 

Apolo cerrou o olhar, encarando atentamente o seu mestre. "Quero fazer uma pergunta específica. Embora eu ache que o oráculo não irá querer me responder isso…" 

"Por que eu não iria te responder?" O sacerdote perguntou. Ele estava distraído com a cabra e falou: "Vou responder sim, vamos lá." 

Apolo arqueou as suas sobrancelhas, "Não existe um oráculo, não é? Me responda. Quem é você?" 

O sacerdote engoliu em seco. Ele já havia dado vários deslizes, desde o começo, sempre a frente do tempo. Dizendo para Apolo que ele queria aquilo ou perguntar por tal coisa. Como se já estivesse ciente de tudo, e ele de fato estava. Apolo não era burro, o seu olhar era afiada e a sua dedução era expecionalmente certeira. 

"Pan Ku." Apolo disse friamente, "O deus que fugiu de sua própria península, o amigo de Zeus e o único ser capaz de ver o futuro. Como não percebi antes?" 

"Porque você é burro." Pan Ku sorriu. Escorou-se na cadeira de vime e deitou-se ao lado de Apolo, dizendo ao fechar os olhos: "Não abuse de mim, sou velho, muito velho. Não fique perguntando tantas coisas para mim também, não posso ficar dando detalhes de tudo…" 

Apolo o interrompeu, "Aquele dia no templo, você sabia o que iria acontecer!" 

"Não posso mudar o futuro… na verdade eu posso sim." Ele gargalhou, "Mas eu não quis, não quis, eu shippo." 

"Você o quê?" Apolo não entendeu sobre o que ele estava falando. Não era uma surpresa o seu mestre ser um deus, isso poderia acontecer. Apolo estava com mais raiva porque o seu mestre poderia ter evitado muita coisa, mas não quis! 

O sacerdote virou-se na cadeira e encarou Apolo, dizendo em um tom de voz calmo: "Apolo, pare de tentar ir contra a sua vontade. O seu futuro está muito incerto, isso não é bom. Você consegue ir contra o percurso natural da vida, consegue ir contra os deuses e o pior de tudo, consegue ir contra os seus próprios desejos. Não é bom, nada bom. Você nasceu para ser incerto, o que há de errado com você?" 

Apolo o ignorou por todo o seu falatório, ele disse depois: "Se você é Pan Ku, então você está com problemas…" 

"Eu estou. Você é muito inteligente." Pan Ku deitou-se, colocou os braços atrás da cabeça para usá-los como travesseiros, e encarou o céu ao responder: "Meu povo não está acreditando mais em mim, me odeia e estão se esquecendo de mim. Eu vou sumir logo, eu vi o meu próprio futuro." 

Apolo disse rapidamente: "Mas eu acredito em você." 

"Oh, bobo." O sacerdote riu, "Você descobriu um grande segredo nosso, mas há mais uma coisa. Dependemos apenas de nossa criação para sobreviver." 

Ele sentou-se, aproximou-se de Apolo e estendeu as suas mãos. Seus dedos começaram a puxar os olhos de Apolo, "Você não é o meu povo, cadê os seus olhos puxados? Onde está? Não estou vendo, oh agora eu vejo. Muito bonito." 

"Mestre!" Apolo bateu nas mãos dele, levantou-se com fúria absoluta e transparente. Ele virou-se, disposto a ir embora e nunca mais voltar! Ele estava no meio do caminho, quando de repente, o seu mestre disse: 

"Use um casaco quando for." O sacerdote disse deitando-se novamente, "Se agasalhe, eu não quero você resfriado." 

"Para onde?" Apolo perguntou, mas o sacerdote permaneceu em silêncio. 

"Em um ano você saberá." O sacerdote disse com a voz cansada. Ele adormeceu profundamente logo em seguida. 

O silêncio serpenteava na montanha tão alta que poderia tocar o céu. Apolo ficou pensando ao descer o pico montanhoso, o chão estava cheio de pequenas pedras de mármore até o sopé da montanha. Pensamentos frenéticos invadiam a sua mente, assim como a brisa fria invadia os seus olhos tempestuosos e frios. A cor azulada voltou a se tornar um breu constante do fundo do mar; cheio de mistérios e profundidade. Também, ao estar ciente das batidas traiçoeiras de seu próprio coração, Apolo se sentiu amargo e odiável. Era tão inescrupuloso… nojento e repugnante. Um homem velho como ele, fadado a ter pensamentos traiçoeiros contra a pessoa que se enfiou em seu barco. 

Verdadeiramente lamentável. 

Ele deveria esconder esses pensamentos repugnantes até o final, até encontrar um jeito de fazer isso se tornar esquecível, e ele iria esquecer. Caso contrário, Apolo mesmo iria arrancar o seu coração, encontrar um jeito de acabar com esse sentimento nojento e repulsivo. 

Não porque era estranho sentir isso. 

Era porque era Thorfill. 

Ele não poderia aceitar esse sentimento que tinha em relação aquele viking sentimental. E ele não iria, entre isso ou a morte, sem pensar duas vezes, Apolo iria escolher a morte. 

"Mestre!" Um chamado infantil fez a pele de Apolo estremecer. 

Ele saiu de sua tortura constante e virou-se para o lado, encontrou Bellamy e lembrou-se rapidamente que aquela criança existia. Bellamy correu como uma andorinha e parou na frente de seu mestre, que parecia um iceberg da Groenlândia; gelado, muito gelado, frio e muito frio! 

Bellamy disse: "Meu irmão já foi, partiu para a Índia." 

Apolo suspirou de alívio, ficou mais tranquilo e perguntou: "Mas por que você está me contando isso? Não tenho interesse em saber…" 

Bellamy franziu as suas sobrancelhas ralas e bufou, bateu o seu pé estando no meio do nada e falou: "Eu esqueci de dizer para ele que eu rabisquei o mapa dele, mudei o nome das penínsulas e o nome dos países. Ele é burro e não vai perceber, irá pegar o trajeto errado e irá ir para um outro canto. Envie uma carta para ele, por favor!" 

Apolo sabia que Thorfill não iria perceber, aquele viking não era tão inteligente assim, a mente parecia funcionar apenas para lutas e para decifrar qual ânfora estava o vinho. Ele bufou, e inconformado disse: "Não posso enviar uma carta, não consigo falar com pombos." 

"Como conseguiu enviar uma carta para Thorfill então? Naquela época que o César Oitavo estava cobrando a dívida?" Bellamy franziu o cenho ao perguntar. 

"Eu não enviei nada, César Oitavo que enviou. Além disso, era ele quem invocava os pombos e conversava com eles." Apolo explicou detalhadamente para que o garoto desistisse da ideia, "Eu não sei fazer isso e também não quero."

Os olhos de Bellamy encharcaram-se, onde Thorfill iria parar agora?! 

No Navio Primordial, Thorfill estava em cima da cabeça da píton amadeirada. O bico de seu inseparável cantil estava em seus lábios, abusado em excesso do álcool de framboesa. Em alguns dias de viagem, os vikings fizeram uma bagunça em seu navio com a chegada de Thor. A criança recebera um martelo de presente, como Tilf temia. As longas noites no mar foram preenchidas com o choro estridente dela, e a cada vez que ela chorava, os vikings acordavam e faziam uma festa; já que o sono parecia não existir mais naquele lugar. 

"Thorfill, venha jogar com a gente!" Thorkell gritou estando em uma roda. 

"Ele rouba no jogo!" Feup gritou batendo no chão com as suas cartas em mãos. 

"Roubar e ganhar toda vez tem diferença." Flony defendeu Thorfill enquanto tentava bisbilhotar as cartas de Feup, "Cadê o Aske, por que ele não vem jogar?" 

Feup acabou se irritando com essa pergunta e virou as suas cartas com fúria, "Aquele maldito brigou comigo! Bastardo!"

Flony conseguiu ver os números das cartas dele e declarou: "Ganhei!" 

Os vikings na roda balbuciaram vários xingamentos e deram várias moedas de ouro para Flony. Ao lado, Marrie viu que o seu companheiro estava roubando e disse: "Sacanagem, golpe baixo! Ladrão!" 

Flony levou o seu dedo indicador aos lábios, fez um sinal de silêncio e disse: "Eu vou comprar carne de cervo." 

"Parabéns, felicidades! Muitos anos de vida!" Marrie sorriu. 

Thorfill não queria jogar, ele virou-se para o mar novamente. Querendo pensar em seu problema, seus olhos acabaram captando um pedaço de terra gigantesca! 

"A Índia!" Thorfill virou-se para os vikings, "Chegamos." 

Os vikings correram na direção de Thorfill. Eles nunca haviam ido para a Índia e animaram-se para saquear aquele lugar, porém, havia algo muito errado! 

"Essa mata é gigantesca… eu nunca vi algo igual." Thorkell disse em choque. 

As pupilas de Thorfill dilataram-se ao ver o tamanho da mata. Realmente, nem mesmo ele havia visto algo igual. O Navio Primordial se aproximou, a parte da frente mergulhou na areia e ficou atoladinho. Diante dali, os vikings levantaram as suas cabeças, encarando as árvores de troncos grossos e grandes. Pareciam gigantes! Os vikings tremeram na base, com medo e em choque. Havia até mesmo grandes cobras se enrolando nos galhos. Thorfill ficou impressionado. 

Aquele lugar definitivamente não era a Índia! 

"Bellamy." Thorfill disse entre dentes, cerrou os punhos e pulou do navio. 

"Thorfill, onde você vai?" Feup gritou e pulou também. Até mesmo a sua voz ecoou pelo lugar. "Ahhh, que medo!" 

Os vikings estavam mais brancos que papel. Marrie sentiu a adrenalina percorrer o seu corpo, pulou do navio de mão dadas com o Flony e rolaram pela areia fina. A mata era surpreendentemente verde, com grandes árvores e cobras gordas; elas poderiam até mesmo comer um viking. Thorfill estreitou os olhos ao escutar barulhos audíveis de galhos se quebrando. 

"Se afastem." Thorfill disse friamente. Os vikings atrás dele deram vários passos, tentando desesperadamente voltar para o Navio Primordial. "Pisamos na terra deles."

Sob o olhar atento de todos os vikings, diversas pessoas saíram de trás das árvores. Elas não estavam vestidas ou calçadas, carregavam lanças pontudas e arcos improvisados. Homens e mulheres ferozes e impacientes ao encarar os vikings. Uma disputa estava próxima, aqueles nativos não estavam gostando da presença de Thorfill ali. 

"Não peguem suas armas." Thorfill disse rapidamente. 

Ao escutarem isso, os nativos levantaram os seus arcos e posicionaram as suas flechas na direção de Thorfill. Os vikings rapidamente brandiram os seus machados. Thorfill deu um tapa em sua própria testa. 

"Nórdicos." Thorfill abriu os seus braços e apontou para si mesmo, tentando impedir a luta. Não fazia sentido brigar com os nativos dali, eles não tinham riquezas e, definitivamente, eram fortes. Perder um viking iria deixar o Navio Primordial solitário também, Thorfill estava disposto a explicar para os nativos. "Somos nórdicos." 

Um nativo se aproximou com uma lança na mão. Ele rodopiou Thorfill e se aproximou. Os vikings rapidamente se aproximaram. Aske apareceu de algum buraco e disse: "Fiquem quietos, não estamos aqui para lutar." 

"Eles vão matá-lo?" Feup escorou-se em Aske ao perguntar. 

"Está cheirando ele!" Flony disse ao apontar para o nativo. 

O nativo estava realmente cheirando Thorfill. Ele afastou-se depois de algumas fungadas e disse com a voz rouca: "Osmanthus." 

"Diabo é isso?" Thorkell franziu suas sobrancelhas com confusão. 

Os nativos rapidamente abaixaram as suas armas. E encararam Thorfill; ele estava com cara de tacho, sem entender o que aquele cheiro suave era para os nativos. Ele ficou muito tempo ao lado do General Guts, talvez tivesse adquirido a fragrância suave dele, mas bem imperceptível. Mas os nativos se acalmaram por causa daquela cheiro, então Thorfill disse: 

"Esse é meio cheiro natural, nasceu comigo." 

Os nativos olharam atentamente para Thorfill. Um deles disse: 

"Luisin Makal." O tom de voz era rouco ainda, como se não tivesse falado por muitos dias. 

Thorfill rapidamente disse: "Luisin Thorfill."

Ao entenderem o nome dele, os nativos sorriram. Thorfill rapidamente relaxou e olhou para os vikings, que suspiraram de alívio. Aquele nativo de voz rouca abriu os seus braços e estendeu-os para o lado, indicando para Thorfill andar, como se estivesse convidando ele para ir à sua casa. 

"Eles vão te comer!" Feup gritou. Os vikings rapidamente entraram em alerta. 

"Comer." Uma criança nativa repetiu as palavras de Feup. 

Ele ficou desesperado, "Está vendo?! Eles vão nos comer!" 

O nativo chamado Makal fez cara feia, abriu sua boca e disse várias coisas que os vikings não entenderam. Thorfill fez várias caretas ao escutar os palavrões pesados e maldições surpreendentes. 

"Foi picada, não, piada!" Thorfill disse nervosamente, "Ele estava apenas brincando." 

Makal olhou para Thorfill com os olhos cerrados. Ele foi na direção que apontou e Thorfill o acompanhou. Os nativos eram estranhamente receptivos, isso era bastante assustador, mas eles realmente não queriam comer os vikings. A aldeia deles era grande, e suas tendas não eram feitas com pele de animais. Os vikings foram servidos com leite de cabra e sentaram-se ao redor de uma fogueira. Thorfill sabia que aquele lugar definitivamente não era a Índia, e viajar agora seria impossível, todos estavam cansados demais. Até mesmo Leonard havia se deitado no chão e dormia profundamente com Thor ao lado. 

Thorfill bebeu o seu vinho em silêncio, enquanto os nativos jogavam lenha na fogueira, ele observou uma coisa estranha ali. Exatamente todos os nativos andavam pelados, tirando os vikings, havia outra pessoa ali que estava com vestimentas nobres. 

Relativamente estranho. O homem conversava com uma nativa, parecendo flertar, e embora fosse um pouco velho, ele era esplendorosamente bonito. A nativo sorriu levemente para ele e afastou-se. 

"Ah, estou com saudades do Bellamy." Feup fungou levemente lembrando-se do garoto, "Ele era tão corajoso, agora não tem ninguém para me ajudar a pegar caranguejos." 

"Eu te ajudo." Flony disse virando o seu copo cheio de vinho, "Mas vamos enfiá-los dentro das botas do Aske." 

Aske estava bem ao lado, ao escutar isso, disse friamente: "Se vocês dois fizerem isso…" 

Flony sorriu nervosamente, "Flony piadas." 

Feup pareceu se aborrecer, levantou-se e saiu da roda de vikings. Thorfill encarou Aske como uma coruja sábia e instigante, ele perguntou: "Como foi na Península Somali?" 

"Horrível." Aske respondeu sem dar muito detalhe. 

"Foi muito horrível." Flony gargalhou, "No começo, o faraó tentou nos matar, porque a escultura dele ficou um lixo. Depois, no deserto, um deus ruivo ficou desmanchando as esculturas que o Aske fazia. Seth parecia gostar de brincar com ele, então Aske partiu para cima, os dois se envolveram em uma luta agressiva, mas acabou sendo parada por mim. Eu arrumei água e sai jogando pelo deserto, isso acabou enfraquecendo aquele deus idiota e ele deixou Aske para trás. Resolvemos voltar logo depois disso." 

"Oh." Thorfill exclamou, "Isso é… legal." 

Entediante. 

"Como foi na Grécia?" Aske perguntou por curiosidade, "Primeiramente, que diabos você foi fazer lá?" 

"A causa foi…" Thorfill pensou profundamente. 

"Por que Bellamy e Tilf ficaram lá?" Flony perguntou, puxou um galho para cutucar o fogo e disse: "Não me diga que Tilf se apaixonou pelo General Guts e resolveu morar com ele. Agora que Erne se foi…" 

Ele virou-se para Thorfill e sorriu nervosamente ao parar de falar. 

"Você tem uma mente muito fértil." Aske disse com repúdio. 

"Eu não tenho culpa de ser o que parece ser!" Flony disse indignado, "Também não tenho culpa se pareceu que aquele paladino bonito estava dando em cima do Feup." Ele virou-se para todos os vikings e perguntou: "Não pareceu gente? Aquele paladino gritou coisas estranhas e o Feup gritou coisas mais estranhas ainda." 

Leonard pareceu ressuscitar com esse assunto, virou-se e disse: "Devemos cancelar o casamento. Se meu filho estiver com aquele paladino, então ótimo! Ele com certeza irá tratar Feup melhor que o Aske!" 

"Que casamento?" Thorfill perguntou, nem ao menos tinha um. 

Aske levantou-se com impaciência e saiu. Flony sentiu um cutucão no braço e encarou a mulher ao seu lado. Marrie estava com as bochechas avermelhadas, deu um olhar feroz para Flony; que engoliu em seco. 

"O que você quer?" Flony perguntou desconfiado. 

"Os nativos, ali dentro daquela tenda, está vendo?" Marrie sussurrou e apontou o dedo para uma tenda grande e distante, "Eles estão brincando, juntos, muito juntos mesmo." 

"Você quer ir?" Flony franziu os lábios ao perguntar. Marrie balançou a cabeça e Flony disse: "Então vamos." 

"Vamos apimentar nossa relação." Marrie levantou-se e puxou Flony para cima. Os vikings estavam acostumados com esses dois amantes safados e continuaram a beber tranquilamente os seus vinhos e leite de cabra. 

Flony virou-se para o seu irmão e disse: "Thorfill, você quer ir?" 

Thorfill ficou em silêncio, ".........." 

Embora já estivesse ciente do significado disso, ele se fez de desentendido. Thorfill disse: "Han? Não, estou bebendo agora." 

Não era estranho um pedido assim, mas ele negou rapidamente. Na Ilha de Reiwa isso sempre fora comum, dentro do Navio Primordial sempre ocorrera e os vikings estavam acostumados com brincadeiras em conjunto, compartilhando as suas experiências e deitando-se com várias mulheres e homens. Os nativos, ao verem os vikings, se interessaram rapidamente em fazer uma artimanha com eles. Makal havia se interessado no cheiro de osmanthus em Thorfill, rapidamente abaixando a guarda por gostar de estrangeiros cheirosos. 

Thorfill não tinha notado nada… 

Por dentro, ele chorava amargamente. 

Ele não tinha nenhuma experiência, não era um especialista em relações sexuais também e o pior de tudo… não conhecia o seu próprio corpo. Sua única pequena experiência foi com Apolo…

Leonard levantou-se rapidamente, sobressaltado e mais branco que papel. Ele gritou: "Onde está a minha lindíssima rosa? Gruti?!" 

Ele saiu rapidamente pela aldeia em busca de sua amada, temendo que o seu amor estivesse sendo influenciada pelos belos nativos grandes a participar desses enrosca enrosca! 

Thorfill franziu o cenho e pescou Thor ao lado. No mesmo momento, um homem sentou-se ao lado dele. 

"Um nórtico." O homem disse com um sotaque perfeito ao falar a língua de Thorfill, "Nunca imaginei encontrar um aqui." 

Thorfill o encarou minuciosamente, estranhando aquela pessoa. Ele disse rapidamente: "Eu não irei participar da sua orgia!" 

Thorfill rapidamente percebeu que aquele homem estava vestido e se acalmou. O homem disse: "Que orgia? Tá doido? Você tem idade para ser meu filho, parece sem experiência e parece gostar de mulheres novas também. Eu não quero praticar isso com você!" 

Thorfill ficou em silêncio, ".........." 

"Eu quero saber o que um nórtico está fazendo na área de Tupã." O homem disse, "Você veio procurar por ela, não é?!" 

Thorfill assustou-se com o tom de voz furioso daquele homem, ele rapidamente disse: "Eu estava indo para a Índia! Encontrei esse lugar porque meu irmão desenhou nos meu mapa." 

O homem abaixou a sua guarda e disse: "Eu não quero concorrentes." 

"Eu não estou atrás da mulher que você está interessado…" Thorfill disse, imaginando que aquele senhor estava comentando sobre aquela nativa bonita. 

"Que mulher?!" O homem disse rapidamente olhando em volta, "Onde ela está? Hoje eu não irei dormir sozinho. É solitário." Ele virou-se para Thorfill novamente, "Diga, você tem mãe? Ou uma viking da minha idade?" 

"Quê?" Thorfill perguntou, já se afastando daquele homem. 

"Onde você está indo?" O homem se levantou junto com Thorfill. 

Thorfill virou-se e saiu correndo! 


Fim do segundo arco 



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