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Capítulo 18

Capítulo com tema sombrio, pedofilia, abuso e morte. Não leia se for um gatilho para você. 

        Capítulo 18: Leonhardt Sephalla, o maníaco de Gales 2

Leonhardt Sephalla passou os dias seguintes tranquilamente no mosteiro. Ele e Shephalla viravam as noites conversando e ajudando os padres com os serviços domésticos nas manhãs. Aos domingos, ele ia para a missa por insistência do padre e nas segundas, ele lia algumas páginas da bíblia. 

Shephalla cerrou o olhar ao vê-lo lendo na segunda e perguntou: "Isso está te ajudando?" 

"Não." Leonhardt Sephalla respondeu, "Mas eu me distraio ao ler e acabo esquecendo do meu problema ao embarcar nas histórias."

"Por isso as pessoas leem bastante." Shephalla sentou-se ao lado dele, "Para se esquecerem de suas próprias histórias." 

"Você já foi um leitor assim?" Leonhardt Sephalla o encarou. 

"Eu até mesmo escrevia para me esquecer da minha vida!" Shephalla respondeu e sorriu, "Eu já lhe disse que eu nunca quis ser o Lendário Viking de Reiwa e fazia de tudo para ser um desgosto para o meu pai? Eu até mesmo tentei ser um escritor, mas desisti…" 

"Dá ideia depois que o seu pai sofreu um infarto." Leonhardt Sephalla completou. 

"Isso! Eu já lhe contei esta história?" Shephalla perguntou. 

"Já." Os lábios de Leonhardt Sephalla se ergueram um pouco e ele quis rir, "Várias vezes." 

Shephalla aproximou-se de Leonhardt Sephalla e ele recuou. Shephalla estranhou isso e perguntou: "O que há com você? Está estranho nos últimos dias." 

"Não estou." Leonhardt Sephalla disse e Shephalla aproximou-se para afagar levemente os seus cabelos, "Bjorn respondeu?" 

Com isso, Shephalla deu um grande salto de surpresa e ficou desesperado. "Sim, eu me esqueci completamente! Ele está bem, muito bem. O seu nome ganhou fama na Groenlândia e na Dinamarca, e ele se tornou muito, muito forte mesmo! Eu disse que iria buscá-lo e me esqueci completamente disso!" 

"Onde ele está?" Leonhardt Sephalla levantou-se, "Quando partiremos?" 

"Suécia, no templo de Uppsala." Shephalla começou a arrumar suas coisas, "Infelizmente não posso te levar. Bjorn fugiu da Ilha de Reiwa recentemente e os vikings estão atrás dele. Irei buscá-lo e depois nós iremos te pegar aqui. Você gosta dos padres, certo? Ficarei mais tranquilo em te deixar aqui do que te levar em uma viagem perigosa." 

Leonhardt Sephalla ficou em silêncio, fitando a mesa à sua frente e ele franziu os seus lábios. Ele não sentiu nada com as palavras de Shephalla e apenas permaneceu em silêncio, não querendo responder. Ele não queria ficar, mas declarou as palavras de seu pai como um desejo dele. 

Então, Leonhardt Sephalla concordou, dizendo: "Eu ficarei." 

Shephalla caminhou até ele e se ajoelhou em sua frente. Shephalla agarrou o pequeno rosto de Leonhardt Sephalla e o fez olhar atentamente para ele. Shephalla disse com confiança: "Eu não vou demorar, eu prometo." 

Os cílios de Leonhardt Sephalla tremeram e os olhos dele marejaram. Ele balançou a cabeça levemente, "Pai, volte no sábado." 

"No sábado." Shephalla confirmou e beijou fortemente a testa macia de Leonhardt Sephalla, afastou-se no momento seguinte e virou-se rapidamente para partir. 

Seus passos foram um pouco engraçados até a porta, como se ele não soubesse para onde ir e estivesse um pouco desnorteado. Mas o que acontece é que, era um pouco difícil andar com a visão embaçada por conta das lágrimas! 

Era doloroso deixar um filho para trás! 

"Pai, espera!" Leonhardt Sephalla levantou-se rapidamente e pediu: "Deixe uma peça de roupa sua comigo." 

"Você é tão estranho." Shephalla enxugou as suas lágrimas disfarçadamente e tirou o seu manto, o estendendo para Leonhardt Sephalla e dizendo: "Quando eu voltar, irei querer-lhô de volta. Isso me custou duzentos lingotes de prata no Mundo Novo." 

"Você nunca foi para o Mundo Novo." Leonhardt Sephalla disse abraçando o manto com força. 

Ao sentir o cheiro de Shephalla, ele pôde se acalmar um pouco.  

"Não estrague as minhas fantasias!" Shephalla deu um tapa nos ombros do garoto. Ele afastou-se murmurando e xingando baixo. 

Ele saiu e Leonhardt Sephalla fitou o nada. 

O mosteiro era muito silencioso e os padres ficavam reescrevendo vários versículo do livro sagrado, para que pudessem distribuir para os fiéis em uma missa de domingo. 

Um dia, o mosteiro se encheu de pessoas e crianças. Diversos guardas fardados, galopando em seus cavalos de porte grande, apareceram de repente no local. Os padres se animaram com a chegada de carroças cheias de comida, várias ânforas de vinho e ouro em abundância.

Leonhardt Sephalla sentou-se em uma cadeira e observou aquilo em silêncio, não compreendendo aquela situação.

Deus havia enviado aquelas coisas?

"A Rainha Guilhermina é tão bondosa!" Um padre próximo agarrou um colar de cruz feito com prata e beijou, "Ainda não posso acreditar que ela irá visitar o nosso mosteiro no domingo." 

"O padre Oliver é amigo dela, então ela sempre vem visitá-lo e sempre envia muitos presentes para o mosteiro." 

A pele de Leonhardt Sephalla arrepiou-se ao escutar padre Oliver, porém ele ficou com a mente e o semblante tranquilo. 

"A Rainha Guilhermina irá chegar no domingo de manhã?" Um padre perguntou com interesse. 

"Apenas à tarde." Um outro padre respondeu trocando a sua corrente de cruz por um colar de pérolas, "Ficou bom em mim?"

Os padres ao seu redor balançaram as suas cabeças, afirmando. 

"Por que ela irá vir depois da missa?" Um padre franziu os lábios, parecendo um pouco confuso. 

"O padre Oliver pediu para ela vir mais tarde, pois ele estaria ocupado depois da missa e não teria tempo para conversar com ela." Um padre sussurrou, "Eu não sei o que ele irá fazer, mas tenho uma noção." 

Os padres se aproximaram mais para escutar. 

"Eu não posso dizer!" O padre bateu na cabeça dos outros padres. 

Leonhardt Sephalla voltou para o seu quarto e contou em seus pequenos dedos a ida de Shephalla. Ele havia partido há cinco dias e faltava um dia para a sua volta. O peito do garoto estava apertado e ele sentiu falta de ar. Ele não sabia o que era aquela coisa pesada sobre o peito e não procurou por respostas. Leonhardt Sephalla deitou-se e resolveu ir dormir, para que o tempo passasse mais rápido e ele não notasse.

No sábado, Shephalla não apareceu… 

No domingo de manhã, uma batida suave soou na porta. 

Leonhardt Sephalla levantou-se com olheiras sob os olhos claros e abriu a porta. Ele não fez questão de dizer 'bom dia, padre Oliver' e apenas saiu de seu quarto, passando reto pelo padre à sua frente. Ele sabia o caminho para a missa, porém desviou do trajeto e entrou novamente em um cômodo pequeno para tomar banho. 

Isso era rotineiro. 

Ele removeu as suas roupas e sentou-se em um banco de madeira baixo. O padre Oliver despejou um balde de água fria sobre a sua cabeça e o ajudou a esfregar os seus cabelos com uma mistura que possuía o cheiro de lavanda. 

Aquele cheiro ficou impregnado nos cabelos de Leonhardt Sephalla e ele quase arrancou o seu nariz por conta da raiva que lhe dominara. 

Ele odiava aquele cheiro. 

Por um momento, ele quis ser calvo. 

"Por que você está tão quieto?" O padre Oliver perguntou. 

"Porque eu quero." Leonhardt Sephalla respondeu a verdade, porém percebeu como as suas palavras haviam saído em um tom grosseiro e ele não compreendeu aquilo. "Padre…" 

Leonhardt Sephalla chamou por ele e o padre murmurou um breve 'hum' em resposta. As suas mãos deslizaram pelo corpo magro de Leonhardt Sephalla e ele perguntou: "Padre, há um versículo livro que diz: deixai vir a mim as crianças, porque delas é o reino dos céus. Eu sou uma criança, então, um dia eu chegarei aos céus?" 

"Claro que sim." O padre respondeu, "És uma criança inteligente e inocente." 

"Você também irá?" Leonhardt Sephalla virou-se para o padre e o encarou profundamente. Seus olhos verdes pareciam os de um lobo faminto olhando a sua presa. O padre engoliu em seco e afastou as suas mãos do corpo dele. 

O padre gaguejou, "Cla-claro que sim!" 

"Então você irá para lá..." Leonhardt Sephalla se aproximou dele lentamente, não compreendo as suas palavras, ele disse: "Então eu prefiro ir para o inferno, e permanecer ao lado de Heilel Ben Shachar." 

Os olhos do padre arregalaram-se, levantando-se rapidamente, ele acabou escorregando e caindo. Leonhardt Sephalla não demonstrou nenhuma reação com isso e apenas se levantou, vestiu-se com uma túnica de linho e saiu do pequeno cômodo em passos lentos. 

Ele havia lido no livro sagrado que Heilel Ben Shachar era um homem corajoso. Ele era inimigo de todos os deuses, e era conhecido como filho da manhã. Ele governava o inferno, enquanto os deuses governavam o Céu, o Olimpo, e Asgard. Se o padre fosse para o céu, ele iria continuar tocando o corpo de Leonhardt Sephalla. Os apertos em sua pele macia causavam dor e ele não gostava da dor. Leonhardt Sephalla não queria mais ficar perto do padre e não queria ir para o céu. 

Heilel Ben Shachar foi retratado como um homem que não desistia de seus sonhos e lutava por eles. Ele era retratado como uma constelação brilhante e digna. Ele enfrentou todos os deuses! O homem que negou a dominância dos seus criadores por seus desejos. Leonhardt Sephalla não tinha desejos e, sem sentir medo, admirou a coragem de Heilel Ben Shachar. 

Leonhardt Sephalla queria ter desejos também e, eventualmente, queria enfrentar as pessoas e o mundo por eles. 

Mas, contudo, não havia nada que ele quisesse possuir e fazer… 

Não há nada. 

Leonhardt Sephalla, como de costume aos domingos, foi para a missa. Ele sentou-se em um banco de madeira comunitário e estreito. As pessoas ao seu lado permaneceram em silêncio, prestando atenção nos discursos dos padres e nas testemunhas dos fiéis. Leonhardt Sephalla prestava atenção em tudo, definitivamente, armazenando todos os relatos em seu cérebro. 

Havia um homem que sacrificou a sua melhor ovelha para Deus, em troca, ele recebeu a cura para a sua doença desconhecida. O homem constantemente apertava as suas mãos e desviava o olhar ao contar: "Eu estava muito doente, até mesmo tossia sangue. Um dia, resolvi sacrificar a minha melhor ovelha à Deus. No dia seguinte, eu encontrei um homem em meu caminho. Ele parecia um anjo. Cabelos pretos, um semblante bonito, porém sério e até mesmo frio. Todavia, escondia um coração bondoso. Ele percebeu o meu caminhar lento e abandonou o arco em suas mão para me segurar quando eu quase caí na rua." 

As pessoas o olhavam atentamente. 

"O anjo de Deus me fez várias perguntas e eu respondi todas elas." O homem disse ganhando confiança para falar alto, "Ele me entregou uma simples mistura de ervas e me descreveu uma receita a ser seguida. Em sete dias, eu estava curado!" 

"Amém!" As pessoas gritaram com unissonância. 

"Aleluia." As crianças juntaram os palmos de suas mãos e começaram a rezar. 

Leonhardt Sephalla juntou as suas mãos e rezou novamente, pedindo para que Deus expurgasse a sua maldição. Seu único objetivo era sentir algo, para que ele pudesse ser sincero ao dizer para o seu pai: eu te amo. 

Embora, teria sido melhor que ele não tivesse rezado…

“Alguém quer escolher uma página do livro sagrado para nós lermos hoje?" Um pequeno padre sorriu ao perguntar. Ele subiu em uma palco e colocou o livro em cima de um altar pequeno feito de gesso. 

As pessoas estenderam as suas mãos para cima, assim como Leonhardt Sephalla. 

"Você aí, pode escolher." O pequeno padre apontou para Leonhardt Sephalla, já que ele conhecia o garoto por morarem no mesmo mosteiro. 

"Eu escolho Isan treze inteiro e Isan vinte e três." Leonhardt Sephalla disse retoricamente com um tom de frieza.

O livro sagrado contava a história de todos os deuses, explicava a criação do mundo e a criação dos povos. Isan focava na parte em que Heilel Ben Shachar fundou a Babilônia, onde ele construiu um império gigantesco e reinou por anos. Porém, todos os deuses destruíram a sua morada, mataram os seguidores de Heilel Ben Shachar e diversificaram as línguas. Pois, os seguidores o tratavam como um deus, mas ele era apenas um homem comum. Ele foi lançado em direção a um abismo, a sua queda abriu uma fenda no chão e um incêndio começou. O corpo dele foi queimado e ele morreu, mas os deuses tiveram misericórdia e reviveram ele. Heilel Ben Shachar ganhou a imortalidade e se tornou o dono do inferno, lugar onde os europeus mortos habitavam dentro da fenda. 

O sorriso do pequeno padre foi sumindo aos poucos de seus lábios finos e ele gaguejou um pouco antes de concordar, "Tu-Tudo bem." 

Ele abriu o livro sagrado e começou a ler. 

A missa se finalizou e os lábios de Leonhardt Sephalla se contorceram ao perceber que ele ainda não sentia nada! Seu semblante se tornou frio e os seus olhos cerraram-se. Ele saiu em passos pesados do mosteiro, porém, mais um vez, alguém se enfiou em seu caminho. 

Tristemente, a pessoa não era o seu pai. 

E esperadamente, era o padre Oliver. 

Leonhardt Sephalla não se afastou, ele não sentiu nada ao ver aquele homem. Nem uma miséria de expressão apareceu em seu semblante, e por um momento, alguém poderia achar que ele tinha paralisia facial. Seus olhos mortos encararam o padre sem interesse algum. 

"Venha comigo." O padre disse friamente. 

Leonhardt Sephalla esperou o padre se virar e depois o acompanhou até uma sala isolada. Ele sentou-se em uma poltrona confortável e percebeu como a sala do padre era espaçosa e cheia de coisas chiques. O padre sentou-se em uma outra poltrona vermelha e uma mesa separou os dois. Leonhardt Sephalla o encarou profundamente, seus olhos não indicando nada. 

"Hoje cedo, você falou algo muito errado." O padre disse cruzando os braços, "Você não deve citar o nome de Heilel Ben Shachar novamente e, de forma alguma, ser fiel à ele." 

Leonhardt Sephalla franziu as suas sobrancelhas, "Mas ele tem desejos." 

O padre não compreendeu as palavras de Leonhardt Sephalla e mastigou os seus lábios com impaciência. Ele disse: "Ele é mau! O seu nome pode atrair demônios para este mosteiro. No futuro, não repita o nome dele novamente." 

Diante daquela ordem, Leonhardt Sephalla mordeu os seus lábios e permaneceu em silêncio por um tempo. 

Ele não concordava com as palavras do padre. 

Leonhardt Sephalla gostava de Heilel Ben Shachar. 

A sala permaneceu em silêncio. Os raios solares banharam os vitrais coloridos da sala, a deixando com um aspecto alaranjado e acolhedor. O padre levantou-se e pegou uma vela para iluminar a sala que, logo depois, iria ficar escura com a partida dos raios solares. Ao sentar-se, a vela foi acesa, porém a mão do padre tremeu e ela caiu no chão. A vela, que teve a sua chama apagada abruptamente por conta da queda, rolou para os pés do padre sentado. 

Leonhardt Shephalla assistiu aquilo em silêncio, não demonstrando nenhuma expressão. Ele não estava afim de se ajoelhar para pescar a vela e, mentalmente, criticou a lerdeza e inutilidade do padre. 

"Pegue para mim." O padre disse ao notar que o corpo de Leonhardt Sephalla não havia agido naturalmente em modo automático e ele não prestou-se em se ajoelhar para pegar a vela, "Eu estou velho, minhas costas estão doendo. Você é novo, pode fazer isso?" 

Ele perguntava com ternura, mas para Leonhardt Sephalla aquilo saiu como uma ordem absoluta. Ele levantou-se e ajoelhou-se. Engatinhando para debaixo da mesa do padre para que pudesse pescar a vela. 

Ao levantar-se, as laterais de seu rosto foram agarradas por mãos ásperas e os seus olhos se ergueram para encarar o padre com confusão. 

Leonhardt Sephalla ficou entre as pernas do padre, ainda olhando para cima para que pudesse receber outra ordem. A sua falta de desejo e bloqueio emocional fizeram ele não querer se afastar do padre. Além do mais, ele não compreendia o porquê de estar entre as pernas do padre. 

"Bom garoto, fique quietinho." O padre disse ao usar as suas mãos para acariciar o rosto de Leonhardt Sephalla. 

"Isso é um desejo seu, padre?" Leonhardt Sephalla franziu os lábios pela confusão. 

Como o padre poderia fazer tantos pedidos à ele? 

Como poderia haver tantos desejos dentro de alguém? 

O padre afastou as suas mãos mais uma vez, e as direcionou em direção a sua túnica cor de açafrão, a levantou e ficou nu. 

Leonhardt Sephalla instantaneamente estranhou aquilo e perguntou: "Padre, você irá tomar banho agora?" 

O padre não respondeu, ele apenas puxou o rosto de Leonhardt Sephalla em direção às suas pernas. 

As emoções e sentimentos estão presentes em todos os momentos e movimentos da vida. Algumas ações ou um conjunto de várias delas podem fazer impulsionar um indivíduo a agir pela razão ou emoção. Elas vêm e vão, nascem com nós ou se desenvolvem ao longo dos anos com nós. 

Sentimentos e emoções positivas fazem a evolução de uma criança. Sentimentos e emoções negativas levam ao fracasso de certa situação. Contudo, Leonhardt Sephalla era excluído disso. Não se sabe ao certo, mas ele, de fato, não sentia absolutamente nada. Ele era como uma casca vazia, vazia de sentimentos e emoções. Dentro de si, havia só sangue e órgãos. 

Ele não amava nada e ninguém, nem mesmo a si mesmo. 

Mas tinha algo oculto dentro de si. 

O seu pai. 

Não era medo de perdê-lo. 

Não era medo da solidão. 

Mas ele queria ficar ao lado de seu pai por muito anos, mesmo não o amando. 

Os olhos verdes de Leonhardt Sephalla lembravam um lago cheio de flores de lótus verdes e primaveril. Eram lindos, e brilhantes por conta das lágrimas que brotaram por conta da dor em sua mandíbula. Os seus engasgos pareceram ecoar pela sala fria. Ao tentar se afastar, a sua nuca foi agarrada e ele permaneceu no lugar. 

Ajoelhado e impotente. 

Ele não estava rezando. 

Pai, volte no sábado… eu não quero ficar perto do padre. 

Suas palavras não ditas retumbaram em sua mente. 

Era um domingo à tarde.

As mãos do padre na nuca de Leonhardt Sephalla vacilaram ao escutar um rangido. As portas do mosteiro eram velhas e sem trancas. Sempre importunas. Alguém abriu a porta da sala, mais especificamente, a escancarou com força bruta. Como se a pessoa não tivesse o mínimo de decência e educação para bater na mesma levemente antes de entrar de supetão. 

"Padre, você viu o meu…" A pessoa que entrou com o peito estufado de animação perguntou franzindo as sobrancelhas de confusão ao ver a cena à sua frente, "Filho?" 

Leonhardt Sephalla esforçou-se para se levantar, e limpou os seus lábios com força grotesca. A sua boca estava com um gosto estranho. Ele ignorou isso e gritou: "Pai!" 

A pessoa ainda estava estática perto da porta, era realmente Shephalla que havia entrado na sala de supetão e encontrado uma cena repugnante à sua frente. Tão nojenta que lhe deu anciã. O padre colocou a sua túnica rapidamente, engoliu em seco ao arrumar o cordão de seda em sua cintura. 

"O que você estava fazendo?!" Shephalla aproximou-se com um olhar feroz e deu um grito estridente. 

"Eu não sei…" Leonhardt Sephalla disse exitando. Ele realmente não sabia a resposta. 

"Não estou falando com você!" Shephalla gritou furiosamente, até mesmo uma veia saltou de seu pescoço e ele caminhou em passos rápidos na direção do padre. Seu semblante estava expressivamente selvagem, cheio de fúria e nojo. Sua pele ficou vermelha de tanta raiva. 

O padre deu vários passos para trás, porém não conseguiu defender-se quando as mãos grandes e ásperas de Shephalla agarraram o pescoço dele. Shephalla o lançou sobre a mesa e o atacou. O padre começou a tossir diante do sufocamento que ocorria com ele. Leonhardt Sephalla ficou em um canto, confuso, não compreendendo a fúria de seu pai sobre aquele homem. 

"Verme desprezível!" Shephalla gritou com fúria e o aperto em volta do pescoço fino do padre se fechou ainda mais, "O que você estava fazendo com o meu filho, sua aberração desgraçada?!" 

"Vo-você não pode…" O padre gaguejou e tentou falar, "A rainha…" 

"Queime no inferno, filha da puta!" Os olhos de Shephalla tiveram lampejos de perversidade, um desejo de destroçar o corpo daquele padre. 

O padre não tinha chance e força para lutar contra um ex-viking. Ele gritou e se debateu debaixo de Shephalla. Seus gritos percorreram os corredores do mosteiro e atraíram os outros padres para a sala. Mesmo assim, Shephalla não obedeceu aos gritos dos padres quando eles o mandaram parar. 

Os olhos do padre rolaram nas órbitas, ele ofegou, mas o ar faltou em seus pulmões. Até mesmo as artérias em seu pescoço foram destroçadas pelo aperto de Shephalla e o osso se quebrou. O corpo do padre se amoleceu diante dos olhos de todos, porém Shephalla continuou a tentar arrancar o seu pescoço como uma fera selvagem e faminta. 

Diante disso, qualquer um teria ficado horrorizado com a cena.  

E os padres realmente ficaram. 

Todavia, Leonhardt Sephalla olhava aquilo sem piscar, como se fosse apenas uma borboleta voando com a brisa de outono. 

Nada era capaz de abalar o seu psicológico. 

"Os guardas da rainha, chame os guardas da Rainha Guilhermina!" Um pequeno padre gritou para os outros, "O tio de Vossa majestade foi morto brutalmente!" 

Vários padres correram disparados pelos corredores, só então Shephalla despertou de sua fúria e largou o cadáver do padre. Ele caminhou apressadamente na direção de Leonhardt Sephalla e o pegou no colo. Abrindo uma janela, ele pulou do segundo andar do mosteiro e fugiu. 

Ao ser carregado, Leonhardt Sephalla abraçou fortemente os ombros de Shephalla e encarou o mosteiro que ficava aos poucos distante dele. O aperto em seu peito sumiu. Porém, infelizmente, era possível ver várias pessoas correndo em sua direção. Homens trajados com armaduras de prata, usando um brasão vermelho no peito. Carregando espada em suas costas largas. Porém, a correria de Shephalla era rápida e ele se infiltrou em meio a uma floresta próxima. 

"Pai." Leonhardt Sephalla o chamou ao ser colocado no chão, "Por que o senhor está assim?" 

Shephalla ajoelhou-se ao lado de um rio com água corrente e colocou as suas mãos em conchas. Pegou água e passou por seu rosto exausto. Ele não respondeu, mas os seus ombros tremiam constantemente e Leonhardt Sephalla estranhou aquilo. Colocou a sua pequena mão sobre o ombro de seu pai e permaneceu em silêncio ao seu lado. 

Quando Shephalla virou-se, os seus olhos estavam vermelhos ao encarar Leonhardt Sephalla e ele perguntou: "Você compreende o que estava fazendo?" 

Leonhardt Sephalla respondeu sinceramente: "Eu não sei, foi desejo do padre." 

"Leo." As sobrancelhas de Shephalla se franziram e uma lágrima rolou de seu olho avermelhado, "Nunca mais se submeta a desejos, nem aos seus. Você irá encontrar decepções no final de tudo. Meu desejo de ir para a Suécia me fez encontrar o cadáver do Bjorne e, consequentemente, meu desejo me fez deixá-lo no mosteiro. Coisa que eu nunca deveria ter feito. Os desejos e emoções nos fazem irracionais. Agimos no momento e depois não queremos encarar os resultados de nossas ações. Você não tem desejos, isso é uma benção. Acredite." 

"Pai, eu não compreendo." Leonhardt Sephalla ajoelhou-se em sua frente, "Não devo me esforçar para ter desejos então?" 

"Não!" Shephalla respondeu de forma ríspida, "Não há nada de errado com você. Por que buscar tanto em ser como as outras pessoas? Por que você quer tanto ter sentimentos e emoções?! Você… você é perfeito desde o dia em que nasceu, desde o dia em que Sophia Leonhardt o entregou-me. Por que essa busca incessante em sentir algo…?" 

"Por que eu quero amar você!" Leonhardt Sephalla gritou com a voz embargada, "Você é meu pai! Os filhos amam os seus pais. Você faz tudo por mim, do seu jeito desleixado e bruto, mas faz. Porém, eu não sinto o mínimo de gratidão por isso ou por você. Eu não ligo se você até mesmo morrer por mim! Eu não consigo, pai, eu não consigo sentir nada! Eu quero amar o senhor um dia, eu quero retribuir você um dia e um dia, eu quero amá-lo como você me ama. Mas pai, eu simplesmente não sinto. Não há nada em meu peito. Não sinto nada." 

Shephalla ficou em silêncio com as palavras de Leonhardt Sephalla e mastigou os seus lábios fortemente por conta da dor que esmagou o seu coração. Ele disse: "Você não precisa me amar, não se esforce. Não me gratificais também, não há necessidade disso. Você nasceu assim, ainda é uma criança e tem muito a evoluir. Teremos muito tempo para que você possa conseguir me amar. E se um dia conseguir, eu quero que você pare de concluir o desejo de outras pessoas. Me prometa." 

Os dedos de Shephalla esfregaram os olhos de Leonhardt Sephalla suavemente, buscando secar as lágrimas quentes de seu filho tolo. Leonhardt Sephalla fungou e respondeu: "Pai, eu prometo." 

Shephalla acariciou o rosto macio dele, com traços infantis e fofos. Ele apertou o nariz empinadinho de Leonhardt Sephalla e sorriu ao dizer: "Fico mais tranquilo com isso…" 

Sua frase não havia se encerrado, quando barulhos de galhos se quebrando retumbaram pela floresta silenciosa. Shephalla levantou-se, colocando Leonhardt Sephalla atrás de si, o protegendo. Seus olhos cerraram-se ao ver homens, usando armaduras, saindo detrás dos troncos de árvores altas. 

Uma mulher, em cima de um cavalo branco, liderava os homens. Ela tinha um semblante frio e usava uma armadura branca coberta de belas pedras, ouro e ferro em sua reluzente armadura. Ela desceu de seu cavalo com maestria, seus cabelos loiros dançaram com os seus movimentos maestrantes e ela carregava um arco de caça em suas costas. 

Ela abriu a boca para questionar o homem à sua frente, porém Shephalla considerou isso como um sinal de ataque. Ele gritou: "Vá!" 

Ele empurrou Leonhardt Sephalla para dentro do rio e a correnteza o arrastou por vários quilômetros de distância. Leonhardt Sephalla foi o caminho todo gritando "pai" desesperadamente. De longe, os seus olhos puderam ver os homens atacando Shephalla. 

Eram vários contra um. 

A mulher de branco pulou no rio e buscou por Leonhardt Sephalla. O conseguindo agarrá-lo depois de um tempo. 

"Por que vocês o mataram?" A mulher perguntou friamente enquanto nadava até a margem do rio. 

"Eu não sei!" Leonhardt Sephalla gritou e se debateu nos braços dela, "O meu pai nunca matou ninguém. Se ele matou o padre, foi porque ele mereceu!" 

"Ele era a única pessoa que eu tinha!" A mulher rugiu nervosamente, "Por que vocês o mataram?!" 

"Eu não sei!" Leonhardt Shephalla respondeu soluçando e se engasgando com as suas lágrimas que brotaram rapidamente, "Os toques do padre sobre o meu corpo doíam. Meu pai deve ter percebido isso e quis se vingar do padre." 

"O quê?" A cor fugiu do rosto da mulher.

"Os toques, as mordidas, tudo doía!" Leonhardt Sephalla gritou com a voz estridente e rouca. 

"Isso é…" A mulher engoliu em seco, tendo uma imaginação repugnante da cena. 

Ela continuou nadando, ao chegar à margem, ela correu rapidamente gritando para os homens: "Parem, parem de espancá-lo!" 

Os seus gritos rapidamente chamaram a atenção de um homem, que disse: "Rainha Guilhermina, ele confessou ter matado Oliver. Ele também disse que teria esquartejado o corpo dele em pedaços e jogado-os aos porcos se tivesse tempo." 

A Rainha Guilhermina respirou profundamente e tentou buscar por ar ao ver o corpo de Shephalla ensanguentado, "Ah, que merda…" 

Ela afagou os seus próprios cabelos com raiva e escutou passos atrás de si. Leonhardt Sephalla caminhou lentamente em direção ao seu pai. A bagunça de sangue não o assustou. Os olhos de Shephalla se mexeram um pouco e ele conseguiu ver um borrão à sua frente. 

Parecia que ele havia sido pisado pelas botas pesadas feitas de ferro daqueles homens. O seu rosto se tornou carne remexida e sangue coagulado. Seus pulmões buscavam por ar desesperadamente. 

"Pai?" Leonhardt Sephalla sentiu um bolo crescer em sua garganta, "Pai…" 

"Não se esqueça… da promessa, Leo." Shephalla disse com dificuldade, no momento seguinte, os seus olhos rolaram em suas órbitas. 

A Rainha Guilhermina aproximou-se do garoto. Ela estendeu as suas mãos e tampou os olhos de Leonhardt Sephalla, sussurrando brevemente em seus ouvidos: "Perdão por minhas ações, eu me equivoquei. Hoje, eu matei um nobre homem." 

"Ele não morreu…" Leonhardt Sephalla disse com os lábios tremendo, "Ele… ele não morreu. Não morreu!" 

Talvez por culpa ou piedade, a Rainha Guilhermina o abraçou suavemente, dizendo: "Você não está sozinho, garoto."

Foi a primeira vez que Leonhardt Sephalla teve um desejo.  

Vingança. 

Vingança contra quem matou o seu pai. 

Vingança contra a Rainha Guilhermina. 

Em compensação, ele sentiu carinho pela primeira vez também, e isso, através dela. 

A Rainha Guilhermina afagou os seus cabelos e apertou o seu aperto em volta de Leonhardt Sephalla. O calor abrasador do abraço fez Leonhardt Sephalla fraquejar e as pernas dele não aguentaram o seu peso. Ele desabou no colo da Rainha Guilhermina e começou a chorar compulsivamente ao sentir tristeza e muita dor.

Foi neste dia que, Leonhardt Sephalla, o maníaco de Gales nasceu. 

E depois mais desejos foram nascendo. 

Ódio, raiva, amargura. 

Amor, felicidade, alegria. 

Era tudo muito estranho para ele. 

Muito intenso. 

Ele foi morar no palácio da Rainha Guilhermina. Sendo tratado com um filho por ela, e ela tornou-se a sua mãe. Leonhardt Sephalla conseguia sentir o famoso amor e ele a amava. Motivo esse, o levou a não conseguir completar a sua vingança. Ele não era mais frio e tinha desejos. 

Desejo de destruição. 

O maníaco de Gales nasceu, pois, Leonhardt Sephalla, em busca de extrapolar os seus limites, assassinou diversos padres a sangue frio. Todos os mosteiros e santuários da Europa foram destruídos por ele, até mesmo Deus tentou ceifar a sua vida, mas a Rainha Guilhermina impediu. Os deuses consideraram ele como o segundo Heilel Ben Shachar! 

Não, ele não tinha o fetiche em banhar-se em sangue de crianças como os boatos diziam. 

Na verdade, ele tinha pavor de criança e não as suportava. 

E ele não era casado com trinta e sete esposas. 

Embora, ele tivesse o costume de se deitar com várias meretrizes por prazer sexual e momentâneo. 

"Pai, você viu onde os meus desejos me guiaram?" Leonhardt Sephalla sentou-se em uma poltrona no salão imperial e olhou para o seu pai. 

Shephalla estava sentado ao seu lado, com uma aparência fina e disse suavemente: "Eu vejo." 

"Você está feliz por mim?" Leonhardt Sephalla corrigiu a sua postura desleixada e perguntou. 

Shephalla respondeu suavemente: "Feliz." 

Passos ecoaram pelo salão imperial e Shephalla desapareceu como um fantasma das vistas de Leonhardt Shephalla. Ele gritou desesperadamente: "Pai!" 

"Com quem você está falando?" Uma voz suave de mulher perguntou. Era a Rainha Guilhermina e havia um homem ao seu lado; semblante frio. Sua pele era pálida, mas não pálida indicando algum problema de saúde. Era cor creme de aspecto macio. O olhar dele era como o de um felino ranzinza e Leonhardt Sephalla lembrou-se de quando ele era uma criança. 

Por um momento, ele viu aquele homem como sendo o seu reflexo. 

Leonhardt Sephalla levantou-se rapidamente, um pouco sobressaltado e olhou atentamente para o homem, perguntando: "Quem é você?" 

O homem se afastou rapidamente, com desdém em seu semblante, ele respondeu friamente: "Eu sou o General Guts." 

"Temos uma aliança há muito tempo!" A Rainha Guilhermina disse ao sorrir, "Leo, o General Guts é um ótimo médico. O que você acha dele avaliá-lo?" 

"Por quê?" Leonhardt Sephalla franziu o cenho confusamente, sem desviar o seu olhar do General Guts. 

A Rainha Guilhermina ficou em silêncio diante aquela pergunta, ela não queria dizer algo que pudesse chatear o seu filho de criação. Em outras palavras, ela não queria chamá-lo de louco por ele ver o seu pai morto com frequência. Não queria chamá-lo de maluco por conversar sozinho pelos cantos. 

O General Guts parecia ser antipático e disse frivolamente: "Você tem uma condição mental horrível, é por isso que a Rainha Guilhermina me chamou aqui." 

Os dias se passaram calmamente, aos poucos Leonhardt Sephalla, por conta de suas sessões de terapia e remédios, acabou parando de conversar com o seu pai morto. O General Guts voltou para o seu país logo depois disso, e bom… Leonhardt Sephalla embarcou em uma viagem para Atenas. 

Ele não poderia se separar mais do General Guts, pois eles eram iguais. 

Frequentemente, Leonhardt Sephalla se encontrava com o General Guts pelas ruas. O seu semblante era conhecido para os helenos e depois de um tempo, ele entrou no exército Paladinos de Bronze e se intitulou como segundo General Guts. Após descobrir que, na verdade, o General Guts se chamava Apolo, Leonhardt Sephalla mudou o seu nome para Ártemis. 

Pois agora, os dois eram irmãos. 

Inseparáveis. 

Para sempre. 


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