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Capítulo 12

   Capítulo 12: Um navio voador sobre Atenas! 

Thorfill prendeu a euforia dentro dele e perguntou para Tilf: "Mas como você sabe que é uma menina? E por que Thor? Você disse que colocaria esse nome, apenas se, ela tivesse nascido em meio a um combate!"

"Eu apenas sinto que é uma menina." Tilf deu de ombros, "E, neste momento, está acontecendo um combate. Um combate na minha mente." 

Uma batida na porta interrompeu a conversa deles e Gruti entrou no quarto silenciosamente, encontrando Thorfill. Tilf pareceu revirar os olhos para a chegada de Gruti e o ambiente pareceu ganhar uma aura tempestuosa. 

"O que você quer?" Tilf cruzou os braços ao perguntar para Gruti. 

"Eu trouxe algumas roupinhas para Thor." Grudi sorriu levemente e balançou os seus braços cheio de peças de roupas pequenas, "Os vikings pegaram um urso na Groenlândia e fizeram muitas peças e enviaram…" 

"Não ligo." Tilf interrompeu friamente, "Eu não quero elas."

Thorfill suspirou pesadamente. Tilf e Gruti não tinham uma boa relação, pois Tilf culpava Gruti por conta das ações de Enon; ela acreditava que Gruti era uma péssima mãe, que permitiu Enon fazer atrocidades com Thorfill e os seus irmãos. Gruti compreendia as ideias de Tilf e tentava não se aproximar dela, para não estressá-la, porém nos últimos meses, parecia que todos haviam se tornado inimigos de Tilf e ela simplesmente brigava com todo mundo! 

Gruti engoliu em seco, "Sei que você não liga, porém irei deixar as roupinhas aqui." 

Isso pareceu enfurecer Tilf e ela gritou: "Mas eu disse que não quero!" 

Thorfill suspirou pesadamente prevendo que outra briga iria começar. 

"Essas roupas não são para você." Gruti disse. 

"Thor também não quer!" Tilf gritou, "Não quer nada que venha de você." 

"Você está doida? Por que está falando por uma criança que ainda nem nasceu?"

"Cale a sua boca!" Tilf rosnou agressivamente. 

"Tilf!" Gruti gritou se aproximando dela, "Não fale assim comigo novamente!" 

A gritaria atraiu Erne e ele se aproximou relutantemente de Thorfill, sussurrando: "A gente pode conversar lá fora?" 

Thorfill rapidamente se levantou e se afastou da briga de Tilf com Gruti. Os dois foram para o convés do Navio Primordial e Erne disse: "Eu estou indo embora." 

"O quê?" Thorfill franziu os seus lábios. 

"Acabou tudo entre mim e Tilf." Erne suspirou pesadamente se afastando de Thorfill para ir até o casco do Navio Primordial, "Eu não quero ser um viking mais e o casamento acabou." 

"Não acabaram as coisas entre vocês dois." Thorfill disse friamente cruzando os braços, "Ainda há Thor. Como você pode estar indo embora sem ela ter ao menos nascido? Que tipo de pai é você?" 

"Tilf é forte e vai conseguir cuidar dela." Erne deu de ombros. 

"O deixe ir!" Alguém gritou furiosamente. 

Thorfill virou-se encontrando Tilf, que gritou: "Deixe este desgraçado partir!" 

Erne percebeu que Tilf estava furiosa e ele rapidamente correu para longe dela. Os vikings foram atraídos por isso e começaram a prestar atenção nos acontecimentos presentes e balbuciaram entre si: 

"Tilf está furiosa novamente?" Thorkell sussurrou querendo não atrair a fúria de Tilf para si. 

"Erne está tentando fugir novamente…" Um dos irmãos de Thorkell disse. 

"Se minha esposa fosse a Tilf, eu também fugiria!" Uma viking comentou. 

"Ela é muito agressiva." 

"E tem um humor temperamental!" 

Gruti apareceu com o rosto inchado e gritou apontando para Tilf: "Thorfill, segure essa maluca!"

Tilf se distraiu ao ser chamada de maluca e virou para gritar com Gruti, "Para que me segurar?!"

Erne aproveitou o distraimento de Tilf e rapidamente pulou do Navio Primordial, caindo em um bote que estava estacionado ao lado. Ele rapidamente remou com dois remos sem olhar para trás e a fuga dele foi completamente inesperada para Tilf, que ficou furiosa e tentou pular do Navio Primordial atrás de seu marido em fuga. Thorfill e Gruti rapidamente seguraram ela, que já estava em cima do casco do navio. 

"Seu desgraçado, volte aqui!" Tilf rugiu furiosamente. Ela esperneou com força e Gruti a largou rapidamente por não conseguir contê-la. Tilf iria pular para frente, porém uma tortura inesperada abalou a sua estrutura, e o corpo dela caiu para trás. 

Tilf caiu e Thorfill a segurou, porém ela desabou levando Thorfill para o chão. A roupa dela de repente ficou ensopada, e pelo chão escorreu um líquido vermelho chamativo. Gruti começou a correr em círculos como uma barata tonta enquanto gritava: "PRECISAMOS DE UM FEITICEIRO MÉDICO! UM MÉDICO! PRECISAMOS DE UM FEITICEIRO MÉDICO!" 

Bellamy rapidamente saiu de algum lugar gritando: "EU SOU UM FEITICEIRO MÉDICO!" 

Os vikings começaram a entrar em desespero. 

Thorfill ficou agitado e pegou Tilf em seu colo, dizendo: "O que a gente faz?! Tá nascendo!" 

"A CRIANÇA NÃO ESTÁ NASCENDO, SEU IDIOTA!" Tilf gritou com raiva, "ELA ESTÁ MORRENDO!" 

"Leonard, parta para o sul!" Thorfill gritou desesperadamente. Ele estava sem opções e gritou: "Você sabe para onde!" 

Leonard estava deitado tranquilamente sobre a píton de madeira. 

"LEONARD!" Thorfill gritou. 

Leonard bufou e escorregou lentamente pela píton de madeira até o convés do Navio Primordial, dizendo: "Não sou vidente, me diga claramente." 

Thorfill não conhecia mais nenhum médico excepcional igual o General Guts. Além do mais, aquele homem havia dito 'me procure em cinco meses, você irá precisar' e ele realmente precisava! Não necessariamente ele, mas Tilf! Será que o General Guts já havia previsto esta situação?! 

"Corte o caminho pelo mar mediterrâneo, e vá para a Península Balcânica!" Thorfill declarou altamente, "Vamos para Atenas!" 

Leonard agarrou o leme do Navio Primordial e gritou: "Feup, içar velas em direção ao sul! Abasteça o motor do navio com IRIS, há apenas três barris restantes. Use os três! Libere as asas do navio." 

Feup rapidamente içou as velas em direção ao sudoeste e desceu para o calabouço, levando três vikings consigo. Não demorou nem mesmo um segundo para o motor ser abastecido com IRIS e o Navio Primordial ganhou velocidade como um raio! Duas comportas se levantaram dos cascos laterais do navio e duas espécies de asas de madeira apareceram lentamente. 

A água do mar era rapidamente cortada pelo bolbo do Navio Primordial. Aquele par de asas se movimentaram para cima e para baixo, causando uma pressão na água. O vento produzido impulsionou o Navio Primordial para cima e ele tomou o céu como um avião. 

A brisa marítima batia violentamente contra o rosto de Thorfill e ele pegou Tilf; a levando para dentro. Algumas mulheres vikings se aproximaram, elas estocavam o sangramento de Tilf e Thorfill se afastou, indo para a sua cabine procurar por um mapa. 

Ele analisou o mapa amarelado e percebeu que o mar mediterrâneo estava próximo. Com o motor do Navio Primordial abastecido com IRIS, ele iria navegar sete vezes mais rápido e o que levaria um mês para se chegar na Península Balcânica, iria levar apenas um ou dois dias, por causa das asas de madeira.  

Thorfill rapidamente se lembrou das palavras de Apolo:

Me procure em cinco meses. 

Você vai precisar. 

Na verdade, haviam se passado apenas quatro meses desde que Thorfill saiu da Ilha de Reiwa. Os cinco meses seriam reduzidos e ele iria imediatamente para Atenas.

O caso de prolapso uterino havia se tornado um constante pesadelo para Tilf, obviamente ela precisava se encontrar com o General Guts, já que o nascimento de Thor estava se aproximando e Thorfill e os vikings não tinham noção alguma de como fazer um parto! 

Havia rumores percorrendo os mares: Na época em que o General Guts havia conquistado a Ilha de Reiwa, ele entrou em uma guerra por territórios e conquistou a vitória por conta das armas de seu exercício terem sido forjadas com IRIS. 

Thorfill não era um matuto vivendo em uma caverna e ele era constantemente informado pelos seus vikings. 

Quatro meses atrás, o General Guts assumiu o trono do César Oitavo de Atenas e se tornou o novo rei. No mesmo dia, o exército Paladinos de Bronze produziram várias armas com IRIS e embarcaram em uma guerra por territórios no norte e ganharam a disputa arisca. Contudo, Atenas estava conquistando muitos inimigos por causa do suplemento IRIS. Seria um pouco complicado se aproximar de Atenas, e eles poderiam ser considerados inimigos ao fazer isso. 

Thorfill estava sem opções e resolveu escrever uma carta para Apolo, mas ele logo se lembrou que havia dado a pomba Fifi para Aske e Flony… 

Ele suspirou pesadamente e jogou o mapa em qualquer lugar; como sempre, a sua organização era inexistente! 

Não havia uma forma de contatar Apolo e dizer que Thorfill estava chegando.

Mas havia um jeito de avisar que o Lendário Viking de Reiwa estava próximo…

Thorfill vasculhou a sua cabine em busca de um último sinalizador de IRIS, porém a sua cabine era, de fato, muito desorganizada! E ele não estava encontrando. 

"O que você está procurando?" Alguém perguntou. 

Bellamy estava escorado na parede amadeirado, com as mãos para trás de seu pequeno corpo; como se ele estivesse escondendo algo. Ele riu e disse: "É isso? Eu o encontrei rolando para fora do corredor!" 

Enquanto Thorfill estava revirando suas coisas desenfreadamente, um sinalizador de IRIS rolou para o corredor! 

Thorfill ficou sem paciência por causa de sua própria desorganização, pegou o sinalizador de IRIS das mãos de Bellamy e foi para o corredor. Seus passos foram apressados pelo corredor e ele saiu indo para o lugar mais alto no navio primordial; a cabeça da píton amadeirada que ficava na proa do navio. 

Ele subiu e ergueu o seu braço para cima. O seu dedo puxou o gatilho do sinalizador de IRIS e uma chama explodiu, enviando para o céu uma fumaça vermelha que foi capaz de cobrir o céu inteiro! 

Apolo entenderia o recado. 

O Navio Primordial era surpreendentemente veloz, como um raio e um pedaço de terra estava próximo. O peito de Thorfill bateu violentamente ao ver a cidade abaixo do Navio Primordial. 

"Precisamos arrumar um lugar para pousar o navio com segurança e longe das pessoas." Thorfill pulou da píton dizendo para os vikings. 

Leonard prestou atenção nisso. Ele girou o mastro, o navio foi em uma direção montanhosa. Porém, os olhos de Leonard captaram pessoas sinalizando na terra abaixo e ele voou para aquela direção cheia de pessoas.

Os olhos de Thorfill analisaram as proximidades. 

Atenas estava com uma aura sombria pairando pelo céu nublado. Logo iria se iniciar uma grande chuva sob ela e Thorfill se apressou. Quando mais o Navio Primordial se aproximava, mais os olhos dele conseguiam captar várias pessoas no centro de Atenas. Thorfill prendeu a sua respiração ao perceber que as pessoas usavam armaduras de bronze; essas pessoas só podiam pertencer ao exército Paladinos de Bronze! 

Será que eles seriam atacados?! 

Apolo não havia entendido o recado?! 

O Navio Primordial se aproximou ainda mais, porém os Paladinos de Bronze ficaram parados, apenas observando e aceitando a aproximação do navio voador, até que ele pousou em terra. 

Thorfill subiu na cabeça da píton amadeirada e olhou para os paladinos com um olhar de águia, procurando por alguém. Os paladinos apenas o encararam em silêncio e, de repente, eles se ajoelharam! 

"O convidado de Vossa alteza real chegou!" Um paladino gritou. 

Alguns vikings não compreendiam o idioma do paladino e apenas observavam em silêncio. Thorfill entendeu e perguntou educadamente no linguajar do paladino: "Onde está o Apolo? Eu preciso…" 

Alguns paladinos admiraram o sotaque de Thorfill, porém, não gostaram da forma como ele se referiu a sua majestade real de forma íntima e eles balbuciaram com indiferença: 

"Quem este selvagem pensa que é para se referir a Vossa majestade pelo nome?" 

"Vikings são realmente descorteses!" 

"Vossa majestade real, realmente nos pediu para buscar este matuto?" 

O paladino que liderava o grupo gritou enfurecido: "Este é o convidado do Apolo! Calem a boca de você, e tenham o mínimo de respeito pelo amigo de Vossa alteza!" 

Os paladinos rapidamente se lembraram de que Thorfill era o convidado de Apolo e ficaram subitamente em silêncio. O paladino que parecia ser o líder se levantou. Ele disse caminhando até o Navio Primordial: "Thorfill, Apolo recebeu o seu sinal no céu e estamos aqui para te receber. O que você precisa?" 

Thorfill ignorou os paladinos ignorantes e disse: "Eu preciso de Apolo." De repente, Thorfill sentiu que esta frase havia saído incorreta e ele se corrigiu dizendo: "Minha irmã precisa dele. Da ajuda dele, no caso."

Aquele paladino parecia ter uma breve ideia do que estava acontecendo e gritou para os paladinos atrás de si: "Tragam uma maca!" 

Os paladinos rapidamente corresponderam a ordem e foram buscar por uma maca hospitalar feita de pano e madeira. Thorfill pulou da cabeça da píton para o convés do Navio Primordial e disse aos vikings: "Vocês ficam aqui. Eu não irei demorar para voltar e Leonard ficará encarregado de cuidar de tudo." 

Leonard suspirou pesadamente, "O que você faria sem mim, Thorfill? Sou muito importante neste navio…" 

Thorfill ignorou o ego do tamanho do Oceano Atlântico de Leonard e correu até a cozinha de Villan. Ele agarrou um cantil de vinho de framboesa e o guardou entre as suas vestimentas superiores. O corredor que ele entrou logo em seguida estava agitado e as vikings abriram o caminho para que Thorfill pudesse chegar até Tilf; a respiração dela estava ofegante e suas roupas já não estavam mais ensopadas com sangue, todavia, ela ainda parecia estar em uma situação doloroso e desconfortável. 

Tilf começou a xingar Thorfill quando viu ele se aproximar dela: "Não ouse me pegar! Estou com dor e não irei dar um passo deste lugar, seu desgraçado! Me largue!" 

Thorfill já tinha pegado ela e estava caminhando na direção do convés do Navio primordi6al, enquanto Tilf esperneava sem paciência, gritando: "Eu não vou, eu não vou! Este bebê irá morrer agora e não irá nascer. Erne, seu desgraçado, cadê você?!" 

Os vikings não compreenderam a braveza de Tilf e murmuraram: 

"O que está acontecendo com ela?" 

"Gravidez é assustadora…" 

"Ela sempre foi agressiva, mas isso está sendo demais…" 

Thorfill ignorou o surto de Tilf e gritou: "Feup, você vem comigo!" 

Feup estava deitado tranquilamente dentro de um bote de madeira, estendido por cordas e despertou com os gritos de Tilf, dizendo um confusamente: "Han? Eu vou o quê?" 

Antes que Thorfill pudesse responder, algo passou velozmente por ele e pulou do navio. 

Bellamy pulou do navio e caiu no meio dos paladinos, gritando: "General Guts, seu discípulo feiticeiro médico está chegando!"

"Bellamy, volte aqui!" Gruti gritou desesperadamente, porém Bellamy já havia corrido para longe! 

Feup ajudou Thorfill a descer Tilf do navio e os paladinos tiveram que amarrá-la na maca, pois ela estava se debatendo enquanto gritava. Thorfill ainda não compreendia nada da situação e encarou Feup, perguntando: "O que aconteceu com ela?" 

"E eu que sei?!" Feup perguntou indignado. 

Se nem ao menos Thorfill sabia a resposta, como ele saberia?!

Um grupo de paladinos ergueram a maca e começaram a andar rapidamente em direção à uma rua movimentada, cheia de transeuntes e mercadores. Thorfill e Feup rapidamente os acompanharam, recebendo olhares furtivos das pessoas presentes ali. Elas usavam vestimentas estranhas para Thorfill; os homens vestiam túnicas curtas e melas, enquanto as mulheres vestiam saias largas e corpete marrons. 

Aquela rua era adornada com construções feitas de gesso branco e mármore; era o centro de Atenas e havia uma grande área de comércio. 

O céu estava nublado, e isso apenas deixava o lugar ainda mais belo aos olhos de Thorfill. 

Atenas era uma região montanhosa e o solo era pouco fértil, por isso era comum a transação de navios e barcos nos portos para a troca de mercadorias. Os helenos e os atenienses tinham, por causa do porto, muito contato com os estrangeiros. Porém, as pessoas nunca tinham visto homens tão grandes como Thorfill e Feup antes. Elas não pouparam olhares e murmuraram: 

"O quê são eles?" Um ateniense sussurrou, "São enormes!" 

"São gigantes!" Uma criança gritou correndo em círculos em busca de sua mãe. 

"Por Zeus, que máquina é essa?" 

A grandeza dos nórdicos foi atribuída aos fatores ambientais. Eles eram realmente maiores do que outras pessoas; de culturas diferentes. Mas isso não se enquadrava em todos.

Thorfill e Feup ignoraram os atenienses e correram rapidamente, tentando alcançar os paladinos, mas eles eram muito rápidos em sua corrida em direção a um palácio que ficava em um pico montanhoso. As casas aos redores tinham dois ou três metros de altura, enquanto aquele palácio entra muito mais alto! 

A arquitetura daquele palácio chamou a atenção de Thorfill. Seus olhos arregalaram-se ao ver como a construção dele era bela e incrivelmente grande, tendo presença de colunas e pórticos por todo o palácio branco feito de gesso e mármore polido. Aquela grande beleza se destacava entre as montanhas. 

Atenas era surpreendentemente elegante! 

No Conselho dos Deuses, Zeus sorriu, degustou um vinho nobre e conversou com Pan Ku ao seu lado. Se gabando de sua morada, Pan Ku puxou o saco dele, pois morava ali também. Odin revirou os olhos, não querendo fazer comentários. 

O centro de Atenas se destacava por sua grandiosidade com a construção de aquedutos grandes, a presença de vários animais andando tranquilamente pela rua, eles entravam dentro das casas dos atenienses como se fossem convidados!

Havia banhos públicos, mais necessariamente, termas aconchegantes ao redor. Emanava vapor e um cheiro de eucalipto. Pontes com estátuas esguichando água pelos ares, mercados com muitos alimentos baratos e frescos, estradas limpas, pórticos e anfiteatros lotados de arquibancadas de pedra, calçadas de concreto pelas ruas, tribunais com colunas de gessos ao redores, mosteiros e templos construídos pela cidade toda! 

Atenas não era uma cidade justa, obviamente, a desigualdade era comum e a beleza daquele lugar não poderia esconder isso. Poderia-se notar os grandes proprietários e os pequenos proprietários vestindo roupas chiques e limpas. Os camponeses e os comerciantes estavam com vestimentas mais simples, de cores desbotadas. E os escravos que foram presos por não pagarem os seus impostos, vestiam apenas trapos velhos e sujos. 

Thorfill nunca havia ido para Atenas, e ele estava abismado com a beleza daquele lugar! Mas ele realmente não percebia as injustiças daquele ambiente e apenas focou em observar as coisas belas e novas, já que ele era um estrangeiro naquele lugar. 

"Thorfill, os paladinos estão correndo muito rápido!" Feup gritou chacoalhando Thorfill. 

A mente de Thorfill voltou a funcionar depois de ter sido chacoalhado como uma boneca de pano e ele olhou para frente, percebendo que os paladinos viraram uma esquina e desapareceram. Thorfill deu de ombros e disse: "Não há porquê segui-los mais, eles estão indo para o palácio." 

Feup deu de ombros, "Por que não me disse antes? Eu estou correndo igual um idiota." 

Os dois notaram que ainda estavam correndo e pararam abruptamente. O palácio estava próximo e havia uma trilha cheia de esculturas na entrada: as esculturas eram realistas e preocupada em demonstrar os detalhes, os traços e a beleza dos homens e dos deuses gregos nus. Thorfill e Feup entraram sorrateiramente no pátio do palácio e se depararam com os Paladinos de Bronze ajoelhados perante um palco alto, feito de gesso e quatro colunas de jônico sustentavam o palco. 

Aquele paladino líder estava mais a frente e disse: "Vossa majestade, o convidado está… cadê ele?" 

Os paladinos olharam para todos os lados, mas não encontraram Thorfill! 

O palco tinha um conjunto de cortinas douradas que se ergueram, revelando um trono e um homem sentado nele em uma posição desleixada e distraída. 

Thorfill estava escondido atrás de uma escultura e prendeu a respiração ao ver aquele homem. 

Feup estava escondido ao lado também e perguntou: "Aquele não é o General Guts?" 

De fato, o homem sentado no trono era o General Guts. 

"Cadê aquele selvagem?" Um paladino sussurrou. 

"Ele estava bem atrás da gente…" Outro paladino sussurrou. 

Aquele paladino líder grunhiu e disse: "Vossa majestade, trouxemos aquela viking. Tilf, aquela mulher que você comentou que iria aparecer em cinco meses em nossa cidade. Ela está em uma situação delicada!" 

"Tão cedo?" Apolo levantou-se de seu trono, demonstrando um pouco de interesse no assunto. "Cadê ela?" 

Ele caminhou lentamente e pulou do palco, só então Thorfill conseguiu vê-lo nitidamente. 

Minha nossa…! 

Thorfill encarou Apolo surpreso. 

Por um momento, as agulhas dentro de Thorfill até se remexeram… 

Apolo não usava mais aquela túnica simples e manto grosso, as botas pretas de cano alto também desapareceram. Suas vestimentas simples de um viajante haviam sido substituídas por uma toga branca e chique com detalhes dourados, que ia até os seus pés. Havia um manto vermelho sangue sob os seus ombros visíveis e brancos como um jade, e um cinto dourado contornando e apertando a sua bela cintura. Sua clavícula bem delineada estava à mostra por conta da gola da toga ser curta e havia uns cordões de seda dourado emaranhado na gola da toga. Sobre os seus cabelos volumosos e pretos como a noite, havia uma coroa de louro dourada. 

Thorfill engoliu em seco várias vezes e ficou distraído. 

Seu coração palpitava várias vezes com 'tum' 'tum' frenéticos e agitados. 

A beleza de Apolo era simplesmente de tirar o fôlego! 

Feup chacoalhou Thorfill novamente, e desesperadamente gritou: "Ele está pegando Tilf, o que a gente faz?!" 

Thorfill retornou ao mundo novamente e focou a sua atenção no presente. Seus olhos buscaram por Apolo e ele estava com Tilf em seus braços. Ele caminhou até o palco novamente e desapareceu com ela!  

"O que a gente faz?!" Feup perguntou com a voz embargada de choro, "Ela foi sequestrada por ele!" 

"Ela não foi sequestrada…" Thorfill disse baixo, "Ele irá ajudá-la." 

"Por que você confia tanto nele?!" Feup franziu os lábios com desespero, "Entra lá agora e busque por sua irmã!" 

"Mas ele é um feiticeiro médico e saberá o que fazer…" Thorfill disse mais baixo ainda. 

Ele não queria entrar dentro do palácio. 

"Sabe quem também se diz ser um feiticeiro médico?!" Feup levantou o seu tom de voz, "Bellamy! E ele é péssimo." 

"O que tem haver?" Thorfill perguntou não compreendo nada. 

"Não tem nada haver!" Feup gritou, "Entre logo lá!" 

Feup levantou uma perna e chutou Thorfill para longe da escultura de gesso e isso acabou atraindo a atenção dos Paladinos de Bronze, que gritaram: 

"Olhem! O matuto está ali!" Um paladino gritou apontando para Thorfill. 

Thorfill disse emburrado: "Eu não sou um matuto…" 

Os paladinos ignoraram isso e fizeram um tumulto: 

"Vossa majestade! O selvagem apareceu!" Alguém gritou com repulsa. 

"O convidado está aqui." 

"Vossa alteza, aquele ogro está aqui!" 

Thorfill mastigou os seus lábios com raiva. Ele caminhou lentamente na direção dos paladinos e até mesmo a sua aura estava sombria, assim como o seu belo semblante. Os Paladinos de Bronze rapidamente ficaram em silêncio e se esconderam atrás daquele paladino líder. 

O paladino líder engoliu em seco, dizendo: "Thorfill, eles são novatos. Eu dou permissão para você bater neles, mas pegue leve!"

Os paladinos atrás deles ficaram surpresos e gritaram: 

"Hermes, como você pode estar dizendo essas coisas?!" 

"Marechal Hermes, você não pode deixar ele bater em nós!" 

O Marechal Hermes sorriu nervosamente e deu de ombros, "Eu não vou lutar contra um viking… ainda mais o antigo Lendário Viking de Reiwa." 

"Bundão!" Alguém gritou alto. 

Todos atraíram a atenção para um jovem ruivo que estava escondido atrás de uma escultura. 

"Covarde!" Feup gritou novamente. 

O Marechal Hermes atraiu a sua atenção para Feup e disse: "Sim, eu sou esses dois fatores." 

Feup bufou amargamente ao ver que não conseguiu assistir uma boa luta, "Ainda bem que você sabe!" 

O Marechal Hermes cruzou os braços e sorriu educadamente, "Eu sei." 

Feup se estressou com aquele homem e saiu de trás da escultura, caminhando furiosamente na direção do Marechal Hermes, enquanto dizia: "Você está procurando por uma briga?! Venha para cima!" 

De repente, os paladinos começaram a entregar várias moedas de ouro para o Marechal Hermes. 

"Você ganhou a aposta." Um paladino bufou. 

"Vikings realmente brigam por qualquer coisa!" Outro paladino grunhiu de raiva. 

Feup ficou enfurecido com isso, "VOCÊS ESTAVAM APOSTANDO SOBRE ISSO?!" 

Os Paladinos de Bronze se esconderam atrás do Marechal Hermes novamente e murmuraram: 

"Claro." Um paladino de semblante bonito deu de ombros.

"Uma boa aposta." Outro sorriu e piscou. 

"Quem poderia imaginar que vikings realmente brigam por qualquer coisinha besta!" O General Hermes sorriu. 

"São realmente matutos e selvagens!" Um paladino disse rispidamente. 

Feup grunhiu enfurecido e Thorfill estava tranquilo, ainda pensando no General Guts, que havia mudado muito nos últimos quatro meses. Como era possível?! 

"Vikings são ogros e desumanos. Não tem um pingo de inteligência!" 

"Por que ser vikings trás tanto orgulho à eles? São simplesmente pessoas sem cérebros. Odin se gaba tanto de sua criação e ela é apenas essa coisa sem valor." 

"Lutam para morrerem."

"Acreditam que Odin os levarão para o paraíso após suas mortes inúteis." 

Os paladinos começaram a debochar e Marechal Hermes gritou friamente: "Calem a boca! Como vocês podem estar tocando no nome de um deus dessa forma?! Vocês não tem medo não? Odin e Zeus são amigos, seu povo não deveria brigar!" 

No Conselho dos Deuses, Odin e Zeus se encararam com nojo. Onde inferno eles eram amigos?! 

Feup parecia um cachorro raivoso por conta desses comentários. Onde ele era um ogro desumano? Ele era muito inteligente! E ser um viking era sinônimo de orgulho para ele. Toda luta levava a morte! E ele não era fiel à Odin!

"Em que você são diferentes de mim?" Feup aumentou o seu tom de voz ao dizer: "Vocês que estão lutando para morrerem. Roubando territórios que não pertencem a vocês! E são a criação de um deus que transa com dezenas de mulheres e estupra outras, que é um genocida maluco e abandona os seus filhos!" 

Os Paladinos de Bronze ficaram furiosos com isso e se afastaram do Marechal Hermes e empunharam as suas espadas rapidamente. 

"O seu deus é um fraco!" Um paladino gritou. 

"O que há de errado com o nosso deus?!" Um paladino brandiu a sua espada contra Feup. 

Thorfill rapidamente entrou na frente da lâmina e a segurou. Ele encarou o paladino profundamente e disse: "Guarde a tua espada de volta na bainha." 

O paladino grunhiu de raiva e avançou com a ponta da lâmina apontada para o peito de Thorfill, "Vá para o inferno!" 

Lutas assim eram comuns. Não havia nada de errado em lutar por seu deus. No Conselho dos Deuses, todos os deuses se reuniam quando isso acontecia, pois era divertido assistir um bom combate para saber qual povo era mais forte e mais inteligente. Normalmente, Tupã e Odin sempre venciam no quesito de: meu povo é mais forte! Danu e Rá venciam no quesito de inteligência, e o povo de Pan Ku foi agraciado com os dois fatores, embora tivesse muita ignorância. Quanto aos europeus, bom, eles eram bonitos. 

"O que vocês estão fazendo?" Alguém perguntou friamente. 

O pátio estava uma bagunça e um combate foi impedido quando Apolo apareceu com um semblante frio. 

"Vossa majestade!" Os Paladinos de Bronze rapidamente se ajoelharam. 

Os olhos profundos e azuis de Apolo passaram brevemente por Thorfill, porém o ignorou completamente. Ele desceu do palco dizendo ao Marechal Hermes: "A sua liderança é péssima. Arrume essa bagunçado." 

"Sim, Vossa alteza real." O Marechal Hermes disse rapidamente. 

Apolo ignorou ele e passou diretamente pelo Marechal Hermes, indo na direção de Thorfill, que prendeu a respiração novamente por algum motivo oculto. Os olhos de Apolo cerraram-se e ele disse: "Você veio um mês mais cedo." 

"Houve um erro de cálculo." Thorfill disse sem muita emoção em seu tom de voz calmo. 

"Meu cálculo foi previsto com perfeição. A culpa não é minha se vocês enfureceram Tilf novamente, a ponto dela quase ter sofrido um aborto espontâneo pela segunda vez." Apolo cruzou os braços ao dizer friamente. 

Ao cruzar os braços, as suas clavículas se sobressaltaram em sua pele branca, chamando atenção dos olhos de Thorfill. Ele desviou o olhar rapidamente e disse: "Eu não irritei ela e nem ninguém." 

Apolo franziu o cenho, "Então, o que aconteceu?" 

"Eu também não sei." Thorfill disse, realmente não sabendo o que havia enfurecido Tilf nos últimos meses. 

Os olhos de Apolo analisaram Thorfill por um momento e ele disse: "Venha comigo." 

Apolo deu as costas para ele e Thorfill foi atrás dele, todavia, Apolo virou-se novamente para poder encarar o Marechal Hermes e dizer: "Controle esse exercício cheio de incompetentes. Eu não quero uma briga besta por causa de deuses novamente." 

Absurdo! Isso era ir contra os deuses. Zeus levantou de seu trono, invocando um raio. Pan Ku rapidamente impediu aquele grande senhor de lançá-lo, dizendo que ele não poderia fazer isso, era contra as regras! 

O Marechal Hermes e os paladinos balançaram a cabeça afirmando várias vezes que não teria outra briga por causa dos deuses.

Feup ficou entediado e caminhou até Thorfill, bufando e dizendo: "A partir de hoje eu não gosto de helenos e atenienses!" 

Apolo estava bem ao lado e Thorfill sorriu nervosamente, sussurrando: "Se você não gosta é só não… é só não… eu não tenho noção do que aconselhar." 

"Não diga mais nada!" Feup falou furiosamente. 

Apolo virou-se para Feup com um olhar frio, porém ele ficou em silêncio e entrou em uma corredor que tinha atrás do palco. Ele pegou um castiçal cheio de velas preso na parede e caminhou lentamente pelo corredor, abrindo várias janelas pelo caminho estreito. O vento com cheiro de chuva e terra molhada invadiu o corredor junto com os raios solares fracos. Thorfill respirou profundamente e seguiu Apolo até uma câmara espaçosa no palácio. 

A câmara tinha um cheiro medicinal e Tilf estava deitada em uma cama com muitos edredons brancos. 

"Cadê o bebê?" Thorfill perguntou olhando tudo ao redor. 

"Que bebê?" Apolo perguntou franzindo o cenho. 

"Não nasceu?" Thorfill ergueu as suas sobrancelhas. 

Apolo fez uma careta, como se não pudesse acreditar no que havia escutado. Ele disse: "Ela está grávida de oito meses." 

"O que isso tem haver?" Thorfill perguntou nervosamente. 

"Uma criança nasce depois de doze meses…." Feup disse parado ao lado, "Você é muito burro!" 

"Nove." Apolo disse rispidamente. 

"Oh…" Thorfill e Feup exclamaram surpresos. 

"A data provável do parto é aquela em que a maioria dos bebês nasce: quarenta semanas. Mas está tudo bem nascer um pouco antes ou um pouco depois, pois o bebê ainda estará com nove meses. Depois de quarenta semanas, chamamos de “pós datismo”. Alguns feiticeiros médicos comentam que alguns bebês podem chegar até no máximo quarenta e duas semanas." Uma voz infantil disse seriamente. 

Inesperadamente, era o pequeno girino. 

"Bellamy?" Thorfill franziu o cenho. 

Ele estava sentado com as pernas cruzadas em uma cadeira alta. Suas mãos estavam entrelaçadas e pousadas sobre o seu joelho e ele disse: "Doutor Bellamy. Tenha mais respeito, por favor."

"Desde quando você está aqui?" Feup perguntou surpreso. 

Apolo encostou-se em um armário ao lado e suspirou pesadamente, "Há muito tempo. Podem levá-lo embora?" 

"Eu estou aqui faz apenas vinte minutos!" Bellamy pulou da cadeira e quase caiu. 

"Isso é o máximo que eu posso aguentar." Apolo disse frivolamente. 

"VOCÊS PODEM CALAR A BOCA?!" Alguém gritou furiosamente. 

Todos olharam para Tilf, que estava tentando se levantar da cama, gritando: "Estou grávida, doente, cansada, exausta, morta e vocês ainda não me deixam em paz?!" 

Apolo rapidamente restringiu os movimentos dela com um olhar frio e Tilf deitou-se na cama novamente, bufando enquanto dizia: "A paz é inexistente mesmo, en." 

"O que aconteceu com esta mulher…" Feup assobiou surpreso, "Está mais louca do que nunca!" 

"Ela não está louca." Apolo disse friamente, "O psicológico dela está abalado e exausto." 

"O que quer dizer com isso?" Thorfill perguntou rapidamente. 

"O que é psicológico?" Feup franziu o cenho ao perguntar sem ter a mínima noção da condição de Tilf. 

As sobrancelhas de Apolo se ergueram, demonstrando impaciência e ele recompôs a sua postura ao caminhar até a porta da câmara de dormir, dizendo: "Thorfill, venha aqui." 

Thorfill foi rapidamente e caminhou ao lado de Apolo no corredor silencioso, "É muito grave essa coisa de psicológico?" 

"Muito." Apolo respondeu sem parar os seus passos, "A mente de uma pessoa é complicada. Muitas coisas podem influenciar a cabeça e as ações de alguém: o seu passado conturbado, um abandono, o ambiente que ela conviveu, a sua criação, os seus pais. E tudo, um dia pode fazer a sua mente se colapsar em algum momento." 

Thorfill escutou tudo em silêncio e depois perguntou: "Você pode ajudá-la?" 

Apolo respirou profundamente, parecendo ter ficado entediado com aquela pergunta e Thorfill ficou nervoso, dizendo rapidamente: "Se não puder, tudo bem também! Eu só vim até você, pois achei que o problema fosse aquela coisa de útero baixo que você disse da última vez. Não imaginei que o problema fosse outro, e eu irei procurar por outra pessoa que possa ajudar…" 

Thorfill parou rapidamente de falar quando viu Apolo encará-lo friamente. 

O que ele havia feito de errado agora? 

"Eu posso ajudá-la." Apolo disse, "Mas é um processo lento. Não vai demorar dias ou semanas…" 

Thorfill franziu os lábios, "Anos?" 

"Talvez." Apolo desviou o olhar, "Acho que, em minha opinião, ela estave se esforçando para ocultar todos os seus medos, porém os hormônios da gravidez estão fazendo a armadura dela cair aos poucos. Talvez ela não goste da ideia de ser mãe e está assustada, ela disse também que não gosta de navegar e tem medo de decepcionar você ao dizer isso. Ela tem medo também de ser uma mãe igual a mãe de vocês."

Thorfill concordou rapidamente com uma coisa que Bellamy uma vez disse: ele nunca fala, mas quando fala parece que está citando uma página da famosa bíblia! Thorfill não entendia nada. 

"Você prestando atenção no que eu disse?" Apolo cruzou os braços ao perguntar com impaciência. 

"Sim!" Thorfill engoliu em seco, "Eu irei conversar com ela sobre essas coisas. Vamos dar um jeito." 

"O bebê irá nascer em um mês e ela está mentalmente instável." Apolo suspirou pesadamente, "Sugiro que ela fique aqui até o nascimento da criança e depois eu seguirei com algumas sessões de terapia. Caso contrário, ela pode adquirir depressão pós parto." 

Que diabos eram essas coisas? Thorfill queria perguntar se era uma doença mortal, mas se Tilf tivesse que ficar em Atenas, claramente era uma doença mortal! 

Apolo tinha completa noção que Thorfill não estava entendendo nada. Ele caminhou até uma outra câmara e sugeriu que Thorfill se sentasse, para que ele pudesse explicar detalhadamente. Os dois conversaram por um tempo e foi declarado que Tilf ficaria em Atenas, para ficar em um repouso absoluto. 

"E quanto a guerra?" Thorfill perguntou preocupado, "Atenas é segura?" 

"Não há mais guerra, eu venci." Apolo disse frivolamente, "O líder do norte perdeu graças ao suplemento IRIS. O exército Paladinos de Bronze criaram armas destruidoras com a grande abundância de suplemento IRIS que foi encontrado na Ilha de Reiwa." 

Thorfill encarou Apolo minuciosamente; aquele general de guerra falava tranquilamente sobre as suas conquistas e não demonstrava nenhum pudor ao citar a Ilha de Reiwa na frente do antigo Lendário Viking de Reiwa. 

Thorfill levantou-se rapidamente mudando de assunto e disse: "Tilf pode demorar a se adaptar aqui. Eu ficarei por um tempo em Atenas." 

Apolo franziu as suas sobrancelhas. 


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