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PRÓLOGO

 Volume 1  Prólogo  Era uma noite nevada e silenciosa no vigésimo terceiro aniversário de Shen Shining. Não poderia ser mais perfeito. Como um camundongo de biblioteca que era e, um nerd sem vida social, ele estava enrolado numa coberta quente em frente a tela do notebook, procurando algum livro interessante nas plataformas digitais, para que pudesse desfrutar de uma leitura fenomenal em seu próprio aniversário.  Romance quente não era algo que lhe cativava, pois em seu ponto de vista crítico e venenoso, quase não havia desenvolvimento para os casais literários; eles apaixonavam-se rápido demais, eram criminosamente melosos, mesmo que não houvesse química entre o protagonista masculino e a coadjuvante feminina. Tão insuportável, irritante e desnecessário!  Outros gêneros dos quais passara longe nos últimos anos foram: Mistério, Terror, Ficção Adolescente, Ação e Literatura Feminina. E quanto a Romance Dark e Ficção Policial? Ah, Shen Shining tinha um desejo avassalador e incontrolável
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O MESTRE SERVE ESTE PROTAGONISTA

APRESENTAÇÃO DA OBRA:  SINOPSE SUJEITA A ALTERAÇÃO:  – “Há apenas uma única ação tola, capaz de gerar uma grande consequência do que, um dia, alguém julgou ser uma boa escolha.” – ditou o pai, sorrindo calmamente. – Apaixonar-se é essa escolha, Yin Chang.  Nenhum leitor troll seria capaz de revelar que essa frase tão reflexiva e pertencia ao livro "Guerrilha de Zhou", por simplesmente odiá-lo. E Shen Shining, que era um leitor troll, não era diferente dos demais.  Ele, que encontrou por acaso o arquivo misterioso do livro em seu notebook, acabou tendo a curiosidade atiçada. Por ler apenas metade da sinopse curta de Guerrilha de Zhou, uma chuva de insultos saiu de sua boca:  – Harém, lutas, artes marciais, plot twist? Que porcaria é essa?!  Abocanhando um pedaço de pizza envenenada, ele continuou xingando até perder o foco da visão e cair no chão, morto. O tal se vê em uma situação problemática quando tem a alma teletransportada para o enredo libertino do livro que l

Sumário

Sumário Habilidade de leveza: uma técnica das artes marciais com velocidade sobre-humana, que lança o hospedeiro a dois metros de altura ou mais.  Habilidade de evocação: o poder de poder invocar armas de combate, conjurar talismãs e moldar a forma de algum acessório.  Núcleos: um órgão a mais dentro dos seres vivos que dá a eles poderes sobrenaturais. Manga esvoaçante: manga longa e bem aberta de um hanfu ou túnica que pode armazenar objetos pequenos e médios sem que eles caiam ou se percam. Tem quarenta centímetros de comprimento e pode ser usado para guardar chaves, dinheiros ou adagas. Até mesmo comidas secas e roupas.  Dedo dourado: sorte em abundância direcionada a um personagem da história.  Sinal de fogo: uma escrita feita de fogo que o destinatário recebe no ar sem se machucar, podendo descobrir a localização do interlocutor através das chamas ardentes.  Talismãs: pequenos papéis de seda com proporções mágicas, que podem invocar fogo, ar, água e vento.  Leitor troll: um leitor

TEXTOS MÓRBIDOS DEMAIS PARA TEREM NOMES

Eu busquei um pontinho de luz, tateando pela escuridão. Almejava calor intenso, mas estremeci pela sua falta. Eu gritei o quanto pude, e ansiosamente aguardei a resposta do eco, que tardou a chegar. Tropecei mil vezes antes do último buraco. Vaguei descalço, até aprender a voar. Menti para mim mesmo, enquanto aguardava a verdade chegar. Passei por metamorfoses, fui muitas versões de mim, até não saber mais que eu sou. Cheguei no fim desse mundo, e sem opções, voltei ao início de tudo. – Noah Souza. Sangrei as mágoas em um mar vermelho, me afoguei nas palavras   que não disse. Costurei os pedaços de mim que caíram, mas eles temem em se desprender e desmoronar novamente, quem me dera não fossem as partes mais importantes. Só queria ser inteiro, mas perco um pouco mais de mim à cada queda, e não sei até quando irá sobrar algo pela qual valha a pena lutar. Meu peito dói quase o tempo todo, preenchi meu vazio com pílulas, mas elas dissolvem rápido demais. Talvez minha alma não c

Capítulo 11

Volume 1    Capítulo 11: Rumo à Imortalidade  O luar misterioso da lua prateada iluminava claramente as ruas mórbidas do condado de Ziya, assim como iluminava uma carruagem preta que, há alguns raios de centenas de quilômetros, se locomovia em alta velocidade, fazendo os cascalhos e a areia do chão serem lançados para o alto. Sendo manuseada por um cocheiro que usava capuz sobre a cabeça, o meio de transporte estava sendo puxado por dois cavalos ferozes, de pelagem preta a cada fio fino. As ferraduras de ferro para proteger seus cacos batiam contra o solo duro, produzindo um som nada mavioso pela estrada deserta. Os equinos de grande porte, numa noite de sereno espesso, galopavam em harmonia celestial.  Na verdade, isso não passava de uma metáfora sem nexo. O grupo do homem transmigrado estava impotente perante aqueles cavalos que não eram nada celestiais. Na primeira instância, ele teve a sensação de estar atuando em uma cena de filme de terror vampiresco, onde estava prestes a ser a

Capítulo 10

Volume 1     Capítulo 10: Rastros de Protagonismo  Na tenda, Shen Shining sentou-se em um banco disponível bem ao lado do monge vidente. Vestindo um hanfu de linho branco de gola alta, em contraste com a pele pálida da face e os olhos cor de mel, lhe traziam sensação de poder. Os dragões dourados bordados nas mangas esvoaçantes deixavam claro o apreço e cuidado que as artesãs tiveram na hora de costurar a peça a cada enfiada de linha.  Se não fosse pelo fato de estar frequentando a tenda, o monge poderia ter sido confundido com um magistrado se fizesse o uso frequente de chapéu superior de gaze preta. Com traços de possuir personalidade forte, embarcar em uma conversar com ele, seria idêntico a pisar em casca de ovos com os pés à mostra.  – Bom dia, senhor vidente. – Shen Shining olhou-o de relance, e notara o semblante fechado do homem.  – Sim. – respondeu-lhe com voz sem emoção, indicando que não estava nem um pouco afim de conversar. – Sim? – Shen Shining repetiu. – Isso. – O monge

Capítulo 9

Volume 1     Capítulo 9: Monge Vidente  Ming Liang.  O nome de nascimento do barão da casa Ming por si conseguia causar tremor em mil homens no campo de batalha. Em meados da Dinastia Zhan, eram poucos os jovens e velhos que não conheciam a figura do político. Ele, sendo também um estrategista militar de muitos títulos renomados, possuía ciência de que não havia corajosos que quisessem enfrentá-lo sem motivos aparentes.  A riqueza dele era tamanha, que a maioria dos móveis em sua residência eram feitos com madeira nanmu[1]. Não era arriscado para os senhorios nas proximidades dizerem que até mesmo os bancos cor de cobre próximos dos balaústres do lago tivessem sido esculpidos por Lu Ban[2].  Outrora, móveis tão requintados e bem ilustrados seriam motivos de apreço a olhos humanos. Visitantes fariam filas diante da porta do barão da casa Ming para poderem vislumbrar, nem que fosse de relance, a madeira valiosa, que no passado apenas as famílias reais podiam possuir. Pensando sobre as pe