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Capítulo 11

Volume 1

   Capítulo 11: Rumo à Imortalidade 

O luar misterioso da lua prateada iluminava claramente as ruas mórbidas do condado de Ziya, assim como iluminava uma carruagem preta que, há alguns raios de centenas de quilômetros, se locomovia em alta velocidade, fazendo os cascalhos e a areia do chão serem lançados para o alto.

Sendo manuseada por um cocheiro que usava capuz sobre a cabeça, o meio de transporte estava sendo puxado por dois cavalos ferozes, de pelagem preta a cada fio fino. As ferraduras de ferro para proteger seus cacos batiam contra o solo duro, produzindo um som nada mavioso pela estrada deserta. Os equinos de grande porte, numa noite de sereno espesso, galopavam em harmonia celestial. 

Na verdade, isso não passava de uma metáfora sem nexo. O grupo do homem transmigrado estava impotente perante aqueles cavalos que não eram nada celestiais. Na primeira instância, ele teve a sensação de estar atuando em uma cena de filme de terror vampiresco, onde estava prestes a ser a próxima vítima sequestrada, para se tornar banco de sangue de vários vampiros galanteadores. Já na segunda instância, sentiu que aquela carruagem passaria por cima dele por consequência da falta de reação dos membros. 

Sim, Shen Shining estava estarrecido, apenas observando a aproximação com seus olhos arregalados, enquanto, em desespero, o monge começava a correr como uma barata tonta pela rua. Neste meio tempo que parecia ser infinito, Ming Cheng tirara a conclusão de que acompanhá-lo seria a melhor das opções, já que os passos ligeiros os levava cada vez mais para um rumo distante, livre de perigos. 

No banco de condutor à frente da cabine da carruagem, a figura de estatura adulta que estava encapuzada com panos preto de seda, parecia estar se divertindo, em compensação a maldade que fazia em troca de deleitar-se com a visão cômica proporcionada. Os braços dele em disparate, ocultados pela seda, fizeram movimentos frenéticos, trazendo rastros de violência. As rédeas vermelhas de lã ligadas às tiaras sobre as testas dos cavalos foram chacoalhadas sem relutância, fazendo os galopes deles contra o chão se tornarem mais velozes, nada benevolentes em prol da terra seca, e dos cascalhos. 

A cena selvagem fizera Shen Shining pensar que a chama de sua fatigante vida estava prestes a se apagar outra vez; nada, além de indignação pela futura morte desagradável que teria, ele não conseguira pensar muito em como seria doloroso ser atropelado por aquela carruagem tão formosa. 

Em compensação, relutância alguma passara pelos olhos do protagonista em observação cerrada. Ele, na intenção de desmantelar a prepotência do misterioso encapuzado, colocou-se em perigo ao enfiar-se no trajeto da carruagem em alta velocidade, com uma das palmas da mão à frente do peito, em perfeita plenitude. A aragem fazendo a manga esvoaçante ser levada para trás brandamente, acabando por revelar o cotovelo dele, até alcançar o ombro direito. 

Relinchando alto suficiente para alcançar o céu, como se estivessem num pasto, os animais pararam diante daquela mão, fazendo lufadas de ar quente, causadas pelo esforço físico, umedecer a pele fria por inteiro. Yin Chang não os observou com olhos cerrados, mas demonstrou irritação ao contorcer as sobrancelhas quando avistara o encapuzado. 

– Você não tem senso de humor, Yin-Coquinho? 

A voz aveludada deste último soou perto.

Se não fosse pelo apelido caricato, de origem conhecida que emitia intimidade, que deixou bastante claro quem estava caçoando do protagonista, seria impossível para Shen Shining descobrir a identidade da figura misteriosa. 

– Senso de humor? – Ele se esforçava para andar até Yin Chang com as pernas trêmulas, enquanto questionava: – Lorde Ming, você realmente disse senso de humor? 

Sob três pares de olhos, tantos atônitos quanto julgadores, o encapuzado removera o capuz sobre a cabeça, assim revelando seu rosto carregado de traços marcantes e um sorriso resplandecente nos lábios poucos volumosos. Se ele possuísse inimigos, eles iriam precisar lutar contra seus próprios ideais, e vencer o orgulho para não se aliviarem com a visão do belo homem a frente, que não era ofuscado nem pelas estrelas imbuídas no vasto céu incomensurável. 

O esperado Lorde Ming largou as rédeas vermelhas de lã e as deixou caírem entre o vão do banco do condutor. Por ter provocado medo no coração dos transeuntes da rua, a satisfação que ele sentia era evidente para todos. E Shen Shining estava começando a ter algumas paranóias em relação aquele homem inquieto; não restava dúvidas, Lorde Ming era o principal vilão de Guerrilha de Zhou! 

– Tio, tio! – Ming Cheng fez alarde ao vê-lo. – O senhor não deveria ter nos assustado desta forma tão imprudente. Veja, por causa do susto, o monge caiu no chão e morreu! 

– Finalmente encontrei você, criança fugitiva! – Lorde Ming afastou-se da cabine da carruagem, e avançou em direção a Ming Cheng. – Espera, o que você acabou de me dizer?

– Que o monge caiu no chão e… 

– Ele não morreu, apenas tropeçou e caiu no chão. – Yin Chang interrompeu Ming Cheng, direcionando os olhos até o homem calvo deitado próximo a um poste colonial. 

Os sentinelas responsáveis pela iluminação no condado de Ziya ainda não haviam chegado com óleo de tungue para acender as lamparinas dos postes coloniais, motivo esse que estava fazendo aquela noite ser tão penumbrosa. Tentar encontrar o monge em meio a ausência de luz poderia ter sido uma missão falha se a vestimenta dele não fosse branca como flores de osmanthus[1].

Como se para confirmar as palavras do protagonista, ele exclamou um gemido consternado ao tatear sua cabeça lisa e ao continuar deitado em posição fetal. Parecendo tão lamentável, Shen Shining resolveu ir em direção a ele para ajudá-lo, no mesmo instante que Lorde Ming aproximou-se para tentar se escorar nos ombros de Yin Chang, dizendo:  

– Yin-Coquinho, não saia interrompendo as pessoas assim. E tente fazer uma expressão mais gentil e suave quando estiver falando com o seu primo mais novo. Eu não quero Ming Cheng tendo pesadelos com você. 

O monge, agora sendo sustentado por braços poucos rechonchudos, fizera um barulho estranho e rápido com a boca, similar a quando crianças se engasgam com água. Contudo, Shen Shining sabia que o que havia escapado dos lábios dele não era um engasgo casual, mas sim uma risada mórbida causada pela crítica, e passou a observar Lorde Ming inquietamente, que ainda fazia ofensas abjetas: 

– Não quero ofendê-lo, mas tente sorrir mais. Você é tão sério que parece um demônio do Oeste Demoníaco.

A princípio, o monge empalidecera visivelmente ao escutar aquilo, depois ele engoliu em seco e ficou estático com se tivesse morrido. Shen Shining presumiu que Lorde Ming havia dito algo muito ofensivo, que passara de todos os limites, para que aquele homem calvo ficasse parecendo um cadáver enrijecido nos braços dele, e sussurrou: 

– O que ele quis dizer com isso? 

– Algo grave, algo muito grave. – Ming Cheng aproximou-se deles dois de supetão. 

– Até as crianças compreendem a gravidade destas palavras. – O monge sussurrou de volta. – A raça demoníaca foi considerada a mais grotesca dentre as cinco raças do continente Trimendisional. Até o atual soberano demoníaco, Go Xuan tem a aparência monstruosa e feia. Chamar alguém de demônio virou até mesmo uma ofensa de nível criminoso aqui no Centro Humanoide, e sinônimo de feiúra nos dicionários das raças superiores. 

– Sério? – Shen Shining fitou o protagonista com atenção. – Mas como é possível Lorde Ming dizer essas bobagens? 

– É possível qualquer desnecessidade ser proferida por esse homem. 

– Mas isso foi muito indelicado. – Sem papas na língua, o tolo expôs o que pensava ao levantar o tom de voz: – Lorde Ming, você só pode estar brincando. Yin Chang não é feio. Ele é um pouco frio e reservado, age de forma desinteressada e séria, mas não é assustador como um demônio. Tenho certeza que para citar palavras tão pueris e cruéis, o senhor deve ter tido um péssimo dia.

O protagonista de Guerrilha de Zhou era alguém de beleza indescritível. Embora fosse pouco expressivo, era evidente que as feições faciais suaves e joviais dele eram motivos de apreço, e não de críticas. Não era possível prever o formato de seu sorriso, já que nunca rira, mas já que os cantos dos lábios eram tênues, tornaria destaque na aparência dele uma demonstração de alegria se sorrisse. 

Ser distante em questões íntimas, não abria brechas para julgamentos tão maldosos como aqueles proferidos. 

Por ser um leitor troll, Shen Shining conhecera diversos protagonistas bondosos, comunicativos e animados. Os autores precisavam cativar o público de várias formas com eles, prender a atenção dos leitores com personagens envolventes que pudessem agregar lições de vida aos que usufruíam da leitura, fazendo-os criarem afeto e vínculo amoroso por quem nem ao menos existia — e o meio mais fácil para isso acontecer, era fazendo os protagonistas terem personalidade forte, extrovertida e imbatível. 

Em suma, eles seriam o típico personagem bondoso e carismático, que não estaria disposto a machucar ninguém por seus próprios objetivos, propenso a perdoar o vilão no final da obra, fazendo assim os leitores ganharem um novo ponto de vista sobre o perdão e benevolência. 

O leitor troll estava farto disso! 

Shen Shining se arreliava com protagonistas carismáticos e clementes demais, então conhecera Yin Chang e o vira sendo reservado e frio na maioria do tempo, e começara a acreditar na evolução dos autores. Se pudesse defender aquele protagonista circunspecto, então defenderia, tudo para que a literatura contemporânea pudesse evoluir o mais rápido possível no mercado literário e nas plataformas digitais. O que ele não estava prevendo era que suas ações impensantes deixariam todos em estado apático. 

– Esses jovens de hoje em dia ficam respondendo os mais velhos com tanta vigorosidade. – balbuciando, Lorde Ming não hesitou em encarar o monge. – Você principalmente! 

– Eu presumi que estava me esquecendo algo relacionado a família Ming. – Ele recuara com a voz embargada. – Estou lhe devendo também, não é mesmo, Lorde Ming? 

– Você está careca de saber que não me deve. 

– Ah, compreendo. – Concordando, o monge lançou-lhe um sorriso amarelo. Quando ninguém estava prestando atenção, sussurrou, pondo um indisfarçado tom de ironia no cochicho: – Pelo menos não estou lhe devendo nada… 

Ouvintes de plantão tendiam a escutar até o que não desejavam, e, aqueles que possuíam apanágios especiais por causa de núcleos internos, estavam mais propícios a ficarem por dentro dos assuntos, eles lhe agradando ou não. As moléculas das orelhas vibravam com sussurros, ainda mais os irônicos e caçoadores, mas para Yin Chang, escutá-los lhe causava aborrecimento, ainda mais se o autor dos sussurros e dos cochichos fosse o monge. 

– Lorde Ming, o monge disse ter conhecimento sobre quem é a assassina de Ming Liang, e contou a localização dela. – anunciou sem fazer rodeios. – Acha que deveríamos dar a ele um voto de confiança e ir até o local mencionado? 

– Claro, por que não? – Lorde Ming olhou para ele e disse: – Estaremos todos juntos na busca implacável pela autora do assassinato. Se for desta forma, ele terá que nos guiar pelos caminhos certos, e não ousará tentar nos enganar. 

O monge suspirou desgostoso. 

– Não tenho nenhuma objeção quanto a ajudá-los. – proclamou em alto e bom som ríspido. – Irei guiá-los até a floresta do sudoeste, onde está situado o templo em que ela se encontra. Mas espero que tenham em mente que desconheço a localização certeira da residência. Teremos que encontrá-la juntos.

Não era possível detectar nenhuma emoção na voz dele, mas com a ajuda do luar prateado, era possível detectar sua expressão ligeiramente carrancuda; aquele rosto pálido que parecia ter sido esculpido pela adaga mais afiada já forjada, tinha um esboço solitário. Seus olhos cor de mel fixados em Lorde Ming, que por vez, sustentara o olhar com frieza pairando naquele imensidão cinza-aço. 

– Podemos ir? – O protagonista não poderia se importar menos em interromper aquele silêncio entediante.  

Shen Shining quase cuspiu sangue! 

A quantidade de rusticidade nos ditos sucintos e mórbidos de Yin Chang, poderia lhe causar desfavorecimento e não favoritismo algum dia. Se os leitores de Guerrilha de Zhou o vissem sendo tão frio e brusco, daria a classificação de duas estrelas para a história, fazendo-a fracassar na Jinjiang Literature City[2]. Isso seria catastrófico!

– Céus, quanta petulância. – A impaciência na voz de Lorde Ming ressoou. – Excluindo o monge, todos devem entrar na cabine da carruagem. Iremos partir de imediato. 

A exclusão fora recebida de braços abertos, mesmo sendo tão incoerente — mas quando a dádiva caridosa é muita, o santo desconfia. Lorde Ming nunca iria solicitar a exclusão na expedição daquele que lhe informou com antecedência a morte de Ming Liang há dois dias atrás, e agora sabia a localização da assassina. Ele direcionou Ming Cheng e os outros dois membros presentes até a cabine da carruagem sem esforços, e outra vez que se sentou no banco do condutor, agarrou as rédeas vermelhas de lã com a mão esquerda, enquanto com a direita fazia um sinal, indicando para o monge sentar-se ao lado dele. 

– Na floresta do sudoeste, está o famoso templo taoísta de Xima Wei, o senhor da imortalidade. – comentou. – Ainda assim possui certeza de suas palavras, presumindo que a assassina esteja num lugar tão sagrado quanto aquele? 

– Você acha que minhas previsões são presunçosas? – O monge achincalhou-se por si só, e, sentando-se com má vontade no lugar designado, prosseguiu: – Nunca estive presumindo nada relacionado a você, não se preocupe. 

A resposta certeira fez um sorriso relaxado desabrochar nos lábios de Lorde Ming, o que fora motivo de apreço pelo outro. Em gerações vindouras, estava para nascer quem possuísse mais resplandecência do que aquele homem. 

– Partirei estando mais confiante agora. – disse-lhe. 

Os cavalos iniciaram uma marcha em ritmo acelerado de antemão, e não fora preciso lhes importunar com puxões através das rédeas vermelhas de lã ou com vociferações de comando. Em direção à floresta do sudoeste, Shen Shining permanecera ansioso. Seus dedos pálidos e frios se agarravam uns aos outros, sobre o seu colo, em uma tentativa falha de se acalmar. Se ele estivesse com o protagonista, nada de ruim poderia acontecer, certo?

Entre passos e trotes velozes, a carruagem se locomovia trepidando, fazendo a cabine se tornar agitada. Yin Chang encontrava-se dentro dela com os braços cruzados à frente do peitoral. Tendo em face a mesmíssima expressão imutável de solitude e os olhos escuros fixados nos dedos agitados do tolo, ele pendeu a cabeça pouco mais de três centímetros para o lado e observou-o antes de dizer-lhe: 

– Não se preocupe, nada de ruim irá acontecer. 

– Espero que assim seja. – Shen Shining encarou-o sem pressa. – Estamos muito longe da floresta do sudoeste? 

– Não. Chegaremos em alguns minutos. 

A essa altura, a neblina espessa da noite permanecia sendo rigorosa além do necessário, não sendo nada bondosa com os cinco membros da “trupe” que ansiavam avistar outra coisa que não fosse aquela vasta branquidão. Pela janela da cabine não era possível vislumbrar Lorde Ming ou o monge sentados no banco do condutor. Só se ouvia as vozes deles dois sendo carregadas pelo vento contundente. Os timbres masculinos sendo lançados em arredores desconhecidos e assombrosos à medida em que a carruagem se aproximava da floresta do sudoeste. 

– Floquinho, você realmente não está nos enganando? – Era a terceira vez que Lorde Ming perscrutava. 

– Quem você está chamando de Floquinho novamente? – O monge sentiu a língua ficar rígida quando repreendeu-o: – Que maldição, já lhe disse várias vezes para abster-se e não me chamar por este nome de cachorro. 

– Sempre me repreendendo atoa. – dissera-lhe abismado, sem força de vontade para impedir aquilo de acontecer. – Senhor monge, recebeu alguma visão de que estaríamos assim, juntos em busca da assassina de Ming Liang? 

– Não. – Languidamente balbuciava o ouvinte: – Não tive a desonra de vislumbrar nenhuma visão semelhante a essa. Em relação a Lorde Ming, recebi conhecimento sobre como e quando seu tio seria assassinado, quem seria autora do crime, onde ela estaria hospedada e o lugar exato em que colocaria as provas do crime como troféus. 

– Onde estão e quais são as provas do crime? 

– Sobre a tampa cor de bronze do baú de armazenamento central, no aposento designados para três abates do templo da floresta do sudoeste, estarão dois narizes desmembrados, pertencentes ao barão da casa Ming e da famosa ferreira Qing Wen. – ditou como se estivesse lendo. 

Antes mesmo que pudesse continuar a ditar palavras ainda mais desconfortáveis para Lorde Ming, o vento frio se tornara vantajoso para a trupe, principalmente quando soprara o sopé da montanha onde estava. E o vento mostrou-se ser muito mais favorável quando varreu três fileiras de túmulos arruinados pelo tempo e empoeirados. 

E através deles, se via um templo taoísta. 

Em seguida, não ouviu-se outra coisa que não fosse os relinchos estrondosos dos equinos quando tiveram suas rédeas puxadas sem aviso prévio. À medida que tiveram o trajeto que queriam percorrer interrompido de súbito pelo condutor, soltaram relinchos insatisfeitos. Naquele meio tempo de marcha, dois incenso de sândalo poderiam terem sido queimados se tivessem dado prossecução no caminho inerente a concepção do monge, que descera do banco em que estivera sentado por longos minutos infernais e puxara as aldravas de bronze da porta da carruagem, abrindo-a e encontrando dois dos três passageiros dentro da cabine em posições instáveis por conta da freada inesperada. 

– Saiam logo, já chegamos. – O monge avisou-os. – Sinto várias energias negativas vindo de dentro do templo. A assassina de Ming Liang com certeza deve estar por lá. 

– Floquinho, há uma miríade de amuletos feitos de papel kraft presos nas paredes descascadas do tempo para protegê-lo. – Lorde Ming sorriu, se aproximando dele sem esboçar alegria alguma. – Como entraremos agora? 

O monge sempre sentia uma sensação de formigamento percorrendo pela coluna espinhal quando aquele homem sorria. Era assustador como os lábios sorridentes dele não eram capazes de ocultar a perversidade que tinha. Estando na presença de dois lobos astutos e dois burros, o monge desejou beber cicuta e ter um suicídio filósofo. 

– Lorde Ming está tentando me assustar? – questionou-lhe. – Eu sei que você já percebeu que pelos amuletos serem velhos, a chance deles estarem sustentando alguma barreira de proteção na porta do templo é zero. 

Ouviu-se risos zombeteiros no ar. 

 – Tem toda razão. 

– Vamos logo, Lorde Ming. – O monge afastou-se dele por instinto. – Guie seus companheiros com moderação, e faça o possível para que todos nós possamos sair vivos daqui. 

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Osmanthus: a flor de Osmanthus vem da linda cidade de Guilin, uma região preservada na China, conhecida por suas paisagens naturais.

Jinjiang Literature City: também conhecido como jjwxc, é um importante site de língua chinesa para publicação e serialização de romances online. É o lar de uma ampla variedade de gêneros de ficção online, incluindo romance, ficção histórica, wuxia, fantasia e danmei . O site também é usado para hospedar fanfiction em chinês e traduções de fanfiction de outros idiomas para o chinês. 

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