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Capítulo 10

Volume 1 

   Capítulo 10: Rastros de Protagonismo 

Na tenda, Shen Shining sentou-se em um banco disponível bem ao lado do monge vidente. Vestindo um hanfu de linho branco de gola alta, em contraste com a pele pálida da face e os olhos cor de mel, lhe traziam sensação de poder. Os dragões dourados bordados nas mangas esvoaçantes deixavam claro o apreço e cuidado que as artesãs tiveram na hora de costurar a peça a cada enfiada de linha. 

Se não fosse pelo fato de estar frequentando a tenda, o monge poderia ter sido confundido com um magistrado se fizesse o uso frequente de chapéu superior de gaze preta. Com traços de possuir personalidade forte, embarcar em uma conversar com ele, seria idêntico a pisar em casca de ovos com os pés à mostra. 

– Bom dia, senhor vidente. – Shen Shining olhou-o de relance, e notara o semblante fechado do homem. 

– Sim. – respondeu-lhe com voz sem emoção, indicando que não estava nem um pouco afim de conversar.

– Sim? – Shen Shining repetiu.

– Isso. – O monge insistiu em respostas sucintas. 

O homem transmigrado quis chorar por ter tanta má sorte. Até o momento, só havia tido odiosos encontros com pessoas peculiares e únicas. Era o protagonista agressivo que golpeava desconhecidos na floresta, que parecia ter paralisia facial por não esboçar muitas reações na face e fazia questão de não compartilhar seus interesses e pensamentos. Era o Lorde Ming carregando traços de euforia e agitação, sempre movendo seu leque para lá e para cá, enquanto movia as pernas constantemente. Era também o sobrinho dele, irritado com os ruídos, tanto altos quanto baixos. E agora, um monge de poucas palavras. 

– Como você pode ter o vocabulário do Yin Chang? – comentou sem conseguir evitar revirar os olhos. – Bah, não custa nada ser educado e retribuir o meu cumprimento. 

Após ter citado o nome do protagonista, o monge fez menção de querer vociferar em horror. 

– Você sabe onde ele está?! – E ele realmente vociferou.  

– Oras, você não é vidente? – O sorriso alinhado na boca de Shen Shining era travesso. Ele ergueu as sobrancelhas e questionou: – Ei, senhor monge, você consegue ver em suas previsões se eu terei um bom futuro? 

– Desde quando figurantes tem futuro? – perguntou-lhe ríspido e levantou-se, deixando Shen Shining atordoado e estático. – Céus, quanto achismo interminável. 
 
Figurante? 

O monge havia terminado todos seus pãezinhos cozidos no vapor, e estava pronto para partir. Desvencilhando-se de alguns outros bancos do local e de alguns clientes, ficara bastante claro o que estava tentando fazendo – não tinha pago suas despesas e estava disfarçando para sair do estabelecimento como um maldito fantasma silencioso. 

– Alto lá! Pague as suas despesas agora, careca!

O grito do dono da tenda irrompera todo o condado de Ziya assim que notara isso. Ele já estava acostumado com esse tipo de cliente caloteiro e pegara um bastão de madeira, pronto para cometer um homicídio qualificado.

O monge parecera sorrir triunfante ao passar por Shen Shining para sair correndo da tenda. Ele regozijou-se por ter tido uma ideia nefasta tão crucial e abanara as mãos. 

– Meu amigo irá pagar a minha conta, senhor! Ele é esse homem de túnica verde. Adeus, adeus! 

O mencionado arregalou os olhos e cerrou os dentes. Ele murmurou vários “Maldito seja” quase que inaudivelmente e saiu correndo na mesma direção que o monge. 

O vendedor idoso possuía ossos velhos e fracos, mas não havia sinais de fraqueza na postura dele. O bastão em sua mão era tão grosso que, se pegasse em alguém, quebraria os ossos e os fariam se tornarem pó. 

Os fugitivos correram em direção às tabernas, ocasionando uma bagunça total no centro; as carruagens que tentaram se desvencilhar deles e do dono da tenda, e acabaram se chocando frontalmente. Por culpa da ideia nefasta daquele monge caloteiro, mestres de famílias ricas tiveram seus meios de transporte destruídos. Os cocheiros deles riram disfarçadamente, enquanto os jovens mestres que optaram por andar a pé agradeciam aos céus por não estarem dentro de suas carruagens ou sedans glamurosos. 

– Você me deve uma! – Shen Shining vociferou ao monge.  

Eles dois correram juntos até as periferias do condado. Afetados pela falta de ar, ambos pararam de correr e se apoiaram em seus joelhos. O local insalubre não fora notado pelos dois homens que pareciam ter a mesma idade, e os mesmos neurônios. — ah, como seria fácil aplainar os problemas do homem transmigrado se ele parasse de se envolver com as pessoas erradas, mas ali estava ele, ao lado de um monge que obviamente não seguia os ensinamentos de Buda! 

– Por que você não pagou sua conta? – questionou-o. – Todos os monges deveriam ser honestos! 

– Eu não tinha dinheiro e estava com fome. – explicou o monge, sendo realmente muito sucinto. 

Shen Shining não emitiu mais nenhuma palavra. Por mais que aquele monge fosse bastante ignorante, e parecesse ser do tipo de pessoa desonesta que se regozijava em fazer as ofensas mais pueris e maldosas com as pessoas mais lamentáveis do mundo, evitou criticá-lo. Bah, quem ele estava querendo enganar? Ele já havia lançado várias críticas em cima daquele maldito monge caloteiro! 

– Você realmente não tem nenhum tael com você? Nem mesmo um para pagar alguns simples pãezinhos cozidos no vapor? – escarneceu quem, por sua vez, também não possuía nenhum tael. – Você pelo menos poderia ter pago o senhor da tenda de outra forma. 

– Não. – objetou o monge uniformemente. – Limpei o balcão da tenda, lavei os pratos e tirei o pó dos bancos há dois dias atrás, mas ele não me deu nem os restos dos clientes. Hoje fui mais esperto e fingi que iria pagar. 

Como o ditado vingativo “Chumbo trocado não dói” estava se tornando popular entre os livros, colocá-lo em situações reais do cotidiano seria considerado um teste social. O monge, pelo menos, pensava que fazer vista grossa sobre as suas atitudes era a melhor opção a ser tomada. 

– Ah, vamos esquecer este desagradável acontecimento. – prosseguiu firme. – Lhe devo uma. O que você quer saber? 

Ah, o homem transmigrado buscava por tantas respostas, desejava tantos esclarecimentos. Infelizmente, possuía a única chance de questionar quem havia assassinado o barão da casa Ming. Era óbvio o bastante que o monge não lhe daria nenhuma segunda ou terceira chance. 

Ele respirou fundo, sabendo o que deveria ser feito.

– Você conhece o Lorde Ming? 

As feições do monge mudaram rapidamente. De modo árduo, ele evitou cruzar os braços e revirar os olhos. Com muita dificuldade, evitou bufar e morder a língua para que pudesse cometer suicídio, antes de sorrir falsamente. 

– Há dois dias atrás também, aqui no condado de Ziya. Foi o pior dia da patética vida íntegra. Obrigado por fazer-me recordar desse evento desagradável. – escarneceu.  

– Sério? – Shen Shining esforçou-se para não questioná-lo sobre o intrigante evento. Quase ficou vermelho, com a mente gritando: se concentre! Você precisa se concentrar! – É reconfortante saber que você já o conhece… 

– Lamentável eu diria. – O monge o interrompeu. 

– Realmente? Eu achei ele tão gentil. Muito gentil, mas sempre devemos desconfiar de pessoas assim. 

– Devemos desconfiar principalmente daquele homem; lordes de pequenos condados nunca são agradáveis com as pessoas comuns sem motivos. – avisou o monge ao interlocutor distraído. – Acredita que ele quis me contratar para trabalhar na casa dele? Eu neguei o pedido nas dez vezes e o fiz desistir. 

– Lorde Ming não parece desistir tão facilmente. Como você conseguiu esse feito? 

– Apenas dei-lhe dois socos no estômago e depois fui dormir. 

– E como Lorde Ming ficou depois de receber os golpes? 

– O quê? – O monge parecera perder o raciocínio da conversa, e isso acabou acontecendo quando Shen Shining percebera que havia se distraído de seu real objetivo ali. – Espera, o que você queria saber mesmo? 

O outro estava obsediado por não ter escutado o restante do relato. Os pensamentos não edificantes ainda rondavam a mente. Mesmo desnorteado, perdendo toda a coerência mental por causa de uma fofoca, ele ainda sabia qual era o seu objetivo principal; descobrir quem era o assassino de Ming Liang, para que Yin Chang ficasse longe de perigos. Por mais que fosse o protagonista, não era imortal. Afinal de contas, o prelúdio para morrer era estar vivo.

– Já que está no condado há dois dias, deve estar ciente de que o tio do Lorde Ming foi assassinado, certo? – Shen Shining vira o monge confirmar. – Sabe informar quem é o assassino? 

– É por isso que está atrás de mim? – O monge revirou os olhos claros. – Eu não me lembro do nome dela. É apenas uma figurante meia boca, criada para completar elenco. 

Shen Shining apenas notara suas expectativas morrendo, ao invés de notar como compreendia facilmente as falas peculiares do monge, que continuou frivolamente: 

– Ela veio do Leste Celeste em busca de vingança. Se me recordo bem, ela mora em um templo próximo a floresta do sudeste. Se for até lá, poderá encontrar a prova do crime. 

Ele dera de ombros e Shen Shining dera um voto de confiança; em sua concepção tola, não tinha porquê mentir. 

– Tios!  

Eles dois escutaram de longe o chamado e reconheceram a voz infantil que chamava-os com extrema delicadeza. Quando olharam para trás, puderam encontrar a criança de cabelo prateado correndo em direção a eles e, logo atrás dele, estava Yin Chang, caminhando em passos lentos. 

O rosto estava branco como papel e as sobrancelhas escuras em formato de espadas estavam franzidas. Os olhos negros e cerrados eram idênticos aos olhos de uma águia de rapina. A boca fina estava bem selada, indicando desgosto. Observando-o tão atentamente, Shen Shining pôde compreender que o autor de “Guerrilha de Zhou” gostava de explorar a beleza daquele protagonista. 

Embora o conceito de beleza fosse volúvel, aquele jovem seria considerado elegante em qualquer século ou região. 

– Vi vocês correndo por todo o condado! Eu iria segui-los também, se Yin-Coquinho não tivesse me capturado. – disse a criança, claramente tentando dedurar Yin Chang, como se ele tivesse feito algo muito, muito grave. 

– É mesmo? – Shen Shining gargalhou. 

O homem calvo de repente entrara em alerta, encarando Yin Chang se aproximar. Era como se ele quisesse sair correndo, mas estivesse evitando fazer isso também. No final, talvez a melhor opção fosse cavar um buraco no chão e se enterrar para facilitar o trabalho daquele jovem! 

– Yin Chang, esse monge disse que a assassina do barão mora em um templo próximo a floresta do sudeste. – O tolo contava com animação. – Há também a prova do crime lá. Devemos ser rápidos, e ir buscá-la junto com Lorde Ming. 

Até então, aquele monge ainda não havia sido notado. Mas Shen Shining fez sua menção, e o protagonista acabara notando a existência dele. Contudo, sua atenção fora rapidamente fisgada pelo rapaz animado à sua frente. 

– Shen Shining, este monge não é confiável. – disse pela primeira vez ao chegar. O olhar assassino chamando atenção, junto com a voz sombria e monótona. – Afasta-se.

Shen Shining assim fez sem duvidar dele. Afinal, se Yin Chang havia dito que o monge não era confiável, então ele realmente não era nenhum pouco confiável. 

O monge começara a engasgar no mesmo momento em que teve a imagem denegrida de maneira tão fria. Como se estivesse sendo estrangulado por seres invisíveis, a mão inquieta dele acertaram socos no próprio peito, em busca de cessar as tosses frenéticas. Shen Shining observou-o em quietude momentânea, incrédulo, desejando melhoras.

– O tio careca está bem? – indagou a criança de cabelo prateado. – Me parece que ele irá morrer como o tio Liang. 

Quantos tios esse pingo de gente sai nomeando por aí?, Shen Shining pensou e disse sorrindo: 

– Ele ficará bem. São apenas tossidas passageiras. – E voltara a prestar atenção no protagonista. – Foi possível encontrar a ferreira na forjaria da família Qing? 

– Disse que me esperaria. – Desviou do assunto. – Acabou encontrando algum lugar em Ziya para que possa ficar? 

– Eu sei que quer se livrar de mim o mais rápido possível, mas terá que me aturar por mais um tempinho. – Desejando que Yin Chang fosse mais receptivo, Shen Shining aproximou-se dele e lançou-lhe um sorriso calmo. – Retomando com o assunto, você encontrou a ferreira?  

– Encontrei o túmulo dela. Foi erguido há quatro dias atrás. 

O protagonista não tinha o costume de querer demonstrar simpatia, muito menos antipatia com seus semelhantes. Simplesmente ditava o que precisava ser dito, doa a quem doer. Aos que estavam acostumados com o jeito pouco afetivo e frio dele, escutavam sem interrompê-lo. 

– O líder da família Qing confirmou que a adaga encontrada na casa do barão da casa Ming foi forjado por Qing Wen, e entregue a Ming Liang no décimo sétimo dia do oitavo mês lunar. No dia seguinte, ela não apareceu para trabalhar e o líder da família Qing foi visitá-la em casa.

– Não me diga que ela já estava morta…

De modo jocoso, e não fazendo o mínimo para disfarçar, a criança de Lorde Ming escutava a conversa dos adultos. No entanto, todos sabiam que papo de gente grande não convinha às crianças ouvirem e não era capaz de deixá-las entretidas por muito tempo. O menino entediado então, querendo aproveitar que os mais velhos estavam distraídos com assuntos mórbidos, arregaçou as mangas da túnica e estava mais que preparado para sair correndo na primeira oportunidade. Assim que fez o primeiro movimento com as pernas curtas, os olhos de Yin Chang acompanharam-nas. 

– Ming Cheng, fique aguardando Lorde Ming vir te buscar aqui. – Yin Chang o segurou pelos ombros e disse ao tolo: – Sim. O líder da família Qing disse que não foi nada fácil encontrar o cadáver dela, já que estava dentro da fornalha de forja, sendo ocultado pelos carvões. No chão, orelhas decepadas e dois globos oculares foram encontrados e levados pelas sentinelas do condado para investigação. 

– Os dois assassinatos são obras do mesmo assassino. – Shen Shining não precisou pensar muito, disse resoluto com os fatos: – Yin Chang, você disse que os rubis eram extraídos do Leste Celeste, e o monge me disse que a assassina veio do mesmo lugar em busca de vingança. Coincidências nunca são apenas coincidências. Vamos dar um voto de confiança para o monge e ir até o templo?
 
Aquele monge, que até o momento havia sido esquecido por todos, de repente fora posto num pedestal outra vez. Isso o fez desejar que uma pedra de mil toneladas caísse em sua cabeça e ele morresse o mais rápido possível. 

– Garante que a assassina está no templo? – Yin Chang o perscrutava, cerrando os olhos em direção a ele, sem querer disfarçar o descontentamento que sentia por dentro. – Responda-me. 

Sendo intimidado daquela forma, o monge evitava olhá-lo.

– Se não me obedecer... – Seu hesito fez com que o Yin Chang prestasse mais atenção nele e se aproximasse, deixando a criança de Lorde Ming livre de amarras que o segurrassem naquele local. – Não farei questão de conter o meu desejo de lhe bater pela segunda vez. 

Shen Shining teve a sensação desta ameaça estar sendo direcionada a Ming Cheng, mas a atenção do protagonista estava no monge, que curvou-se ligeiramente dizendo: 

– Este simples monge agradece sua bondade. 

Independente do grande desvio de caráter que tinha, com as palmas das mãos juntas e o corpo curvado, não havia quem duvidasse da espiritualidade da figura budista. E se houvesse contas de oração intercalando entre as palmas suadas, ninguém ousaria dizer que ele era desonesto. 

– É com pesar que lhe digo que nosso primeiro encontro foi caótico por causa da minha inconveniência, e por diversas vezes pensei em reencontrá-lo para poder me desculpar… – tornou a dizer quando se recompôs. – Já que estou tendo a maravilhosa oportunidade de revê-lo, não irei mentir. Eu garanto que a assassina do barão está no templo.

Sem sombras de dúvidas, ele estava fingindo ter modéstia com aquelas palavras pungentes para obter compaixão. Era impossível para Shen Shining não notar a falsídia dele e julgá-lo em pensamento. Lançando olhares incrédulos e cheios de críticas em direção a ele, questionou-o: 

– Você e Yin Chang se conhecem? 

– Não somos conhecidos. – Yin Chang respondeu, não demonstrando nenhuma reação em seu semblante frio.  

– Tivemos nossos caminhos sendo cruzados brevemente, próximo ao chalé do Mestre do Chá. Dois ou três minutos de conversa com ele foram resultados de um soco no rosto e uma rasteira nos meio das pernas. – O monge disse no mesmo instante. – Mas é verdade, não somos conhecidos. 

As engrenagens enferrujadas na cabeça de Shen Shining pareceram finalmente funcionar! 

– Você é o monge que deixou de pagar os dois taéis de prata?! – vociferou de modo que denunciasse sua raiva. 

– Ah, estou lhe devendo também? – O monge piscou em aceitação e suspirou baixo. – Eu já imaginava. 

O outro permanecia indignado com a confusão criada pelo homem calvo, e também indignado com a falta de senso e honestidade dele. Afinal, os monges deveriam ser íntegros e imaculados. Vamos repetir, vamos repetir. Os monges deveriam ser íntegros e imaculados! 

– Você mereceu cada golpe que Yin Chang tenha lhe dado. – Estava aos poucos se enfurecendo, com disposição para discutir como meio de expressar sua indignação. – Bem feito! 

Yin Chang encarou-o de forma apaziguadora. Não se sabia se a face dele continha um misto de divertimento, adjunto a confusão por ter sido elogiado pelos golpes, ou se, pelas sobrancelhas arqueadas e os lábios franzidos, ele estava começando a ficar desapaixonado pelas circunstâncias.

Em meio ao alarido, Ming Cheng puxou a ponta da manga esvoaçante dele e sussurrou estando nas pontas dos pés: 

– Escuto algo veloz se aproximando de nós, Yin-Coquinho.

Só quando um movimento incomum pelas ruas periféricas sem calçamento de Ziya fora notado pela criança de Lorde Ming, ele deixou de prestar atenção na discussão, onde o tolo jogava insultos horríveis e pragas sobre o monge. 

Algo veloz realmente se aproximava deles… 

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